Lúcio admite que não é um bom zagueiro

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Por Agencia Estado
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Contestado e freqüentemente criticado pelos torcedores brasileiros, o zagueiro Lúcio, do Bayer Leverkusen, reconheceu que possui deficiências técnicas, mas argumentou ter habilidades capazes de sanar essa dificuldade dentro de campo. Titular absoluto da seleção, o jogador é prestigiado pelo técnico da equipe, Carlos Alberto Parreira que não cogita substituí-lo por causa de suas atuações. "Hoje, tenho a consciência de que tecnicamente não sou um bom zagueiro. Existem outros melhores do que eu", admitiu Lúcio. "Mas a minha velocidade em campo e minha eficiência nas bolas aéreas têm me ajudado a superar o problema." O estilo de Lúcio, por vezes truculento, é o principal alvo de crítica dos torcedores. Mas o atleta não se considera violento e afirmou que as faltas que comete são resultado da vontade de defender as cores do Brasil e impedir que o rival faça gols. Alheio às críticas, Lúcio fez uma previsão otimista para o jogo de hoje, contra o Peru, em Lima, e o de quarta-feira, contra o Uruguai, em Curitiba. Para ele, a seleção está bem entrosada e preparada para obter os 6 pontos em disputa. "Precisamos atuar com vontade, como sempre fazemos. Se conseguirmos impor nosso ritmo de jogo, vai ser difícil sermos superados", frisou. "Temos de impedir a criação de jogadas dos adversários." Segundo Lúcio, a defesa brasileira tem se portado bem e o entrosamento vai aumentar com o decorrer dos treinos e dos jogos. Nem mesmo o fato de ter um novo companheiro de zaga - Roque Júnior, do Leeds United - desde que Parreira assumiu a seleção, prejudicou seu desempenho (com Luiz Felipe Scolari, o titular era Edmilson, do Lyon). "Nos damos bem e treinamos juntos desde a preparação para a Copa da Coréia e Japão. Não mudou muita coisa", disse Lúcio. "Além de bom jogador, ele é leal e amigo."

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