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Luizão ou Tardelli? Quem vence o duelo

Por Agencia Estado
Atualização:

O São Paulo enfrenta o Rio Branco, sábado, no Morumbi. E a escalação do time definirá quem venceu, pelo menos por enquanto, a única luta aberta no elenco: Luizão ou Diego Tardelli. É a luta do veterano que busca sua melhor forma contra o garoto que nunca jogou tão bem como agora. A diferença de experiência entre ambos é mostrada por uma simples constatação. Há 12 anos, quando começava a carreira, Luizão jogava no Paraná Clube com o meia Tadeu, pai de Tardelli. A aposta inicial de Leão foi em Diego Tardelli. Fez de tudo - e conseguiu - que ele não disputasse o Sul-Americano Sub-20 da Colômbia, em janeiro, para contar com ele no Paulista. Quanto a Luizão, foi sarcástico. "Ele está com a perna fina e a barriga grande. Tem de treinar muito." Enquanto Luizão treinava, Diego Tardelli fazia gols. Foram 10 em 10 jogos, mais do que o seu rendimento em todo o ano passado, quando marcou apenas oito vezes. Luizão entrava nos últimos minutos, desfilando sua falta de ritmo. Foi assim até 20 de fevereiro, quando entrou aos 35 minutos do segundo tempo contra o Palmeiras. Sete minutos depois, fez o seu primeiro gol pelo São Paulo. Foi então que a "sombra" chamada Luizão começou a ficar muito grande para o garoto Tardelli. Quatro dias depois, o adversário era a Portuguesa Santista. Grafite estava suspenso e a dupla de ataque era formada pelo veterano e o garoto. Cada um havia feito um gol, quando Diego Tardelli teve uma distensão muscular. Mesmo assim, ficou em campo. Mancando, fez mais um, de pênalti. Fez trabalho de recuperação e mentiu para o treinador. Disse que estava bem e que poderia entrar em campo contra o Corinthians no domingo seguinte. Leão o escalou e deixou Luizão no banco. A participação de Tardelli durou apenas 26 minutos. Voltou a sentir a contusão. Saiu e não voltou mais. Luizão foi titular contra o The Strongest em La Paz. Fez um gol de raça, iniciando a reação do São Paulo, que perdia por 3 a 1. Contra o Paulista, Luizão repetiu a dose. Fez o gol de empate, quando o time perdia por 1 a 0. "Estou cada vez melhor. Em boas condições físicas e me sentindo muito feliz. Acho que posso ajudar cada vez mais o São Paulo", diz Luizão. ?Estou pronto para voltar. Nunca estive tão bem aqui no clube", rebate Tardelli. GRAFITE - Leão é enigmático quando fala sobre o titular. "O Tardelli saiu por contusão e, por mérito, deveria ficar com o seu lugar. Mas o Luizão também está tendo muitos méritos na nossa participação. Vamos ver quem jogará." Se há dúvida sobre quem joga, os outros dois atacantes do time têm status bem diferentes. Jean é apenas uma opção. Um jogador que atua pelas pontas e é escalado em situações extremas. Foi dele o cruzamento que Grafite, com uma cabeçada, transformou no empate definitivo em La Paz. Entrou também contra o Paulista, que tinha um jogador a menos, para "aumentar" o campo em Jundiaí. Não foi bem. E Grafite é o titular absoluto. Ele é um "cascudo", jogador para todos os momentos da partida, alguém que não se omite nunca. Leão o adora. E bancou sua permanência no time mesmo quando estava mal, no início da temporada. A resposta foi boa. Grafite reagiu e tornou-se imprescindível. Tem dado passes decisivos, que se transformaram em gols. Não interessa se joga Tardelli ou Luizão. O companheiro é Grafite.

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