Luta contra o preconceito no futebol ainda é discreta

Poucos clubes brasileiros têm campanhas para combater o mau comportamento de seus torcedores nos estádios e ficam sujeitos a punições

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Por Almir Leite e Raphael Ramos
1 min de leitura

Os estádios brasileiros têm sido palco da intolerância dos seus torcedores, com gestos racistas e homofóbicos. O caso mais grave ocorreu com o goleiro Aranha, do Santos, xingado de "macaco" e "preto fedido" por torcedores do Grêmio. É comum, no entanto, jogadores serem chamados de "veado" e "bicha". O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) promete ser bastante rigoroso com esse tipo de comportamento, a exemplo do que aconteceu com o Grêmio, excluído da Copa do Brasil. Por isso, foram lançadas recentemente algumas campanhas contra o mau comportamento nas arquibancadas. Os exemplos, porém, ainda são raros e poucos clubes aderiram ao movimento. "As medidas que os clubes estão tomando não servem ainda para avaliar se são suficientes ou não. Mas os clubes têm de se prevenir, senão serão responsabilizados caso ocorra alguma situação. O clube responde pelos atos praticados por seus torcedores, faz parte do risco do negócio", diz o procurador geral do STJD, Paulo Schmitt.

Antes do jogo entre Santos e Botafogo, jogadores dos dois times se mostraram solidários ao goleiro Aranha Foto: Marcio Mercante/Agência O Dia