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Luxemburgo assume responsabilidade

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar das críticas por ter poupado os titulares Renato, Diego e Robinho, no primeiro tempo do clássico de hoje, na Vila Belmiro, Vanderlei Luxemburgo demonstrou tranquilidade na coletiva, após o jogo, e assumiu sua parcela de responsabilidade. "O que determinou o resultado foi a expulsão do Pereira, justa, por sinal. Com 15 minutos do primeiro tempo, estávamos com um jogador a menos e já perdíamos por 2 a 0. Vou ver o teipe para tirar uma dúvida. Se houve ou não falta de Vágner em André Luís, no lance que antecedeu a falta do Pereira. Quanto ao resto, foi necessário fazer da forma como eu fiz." Luxemburgo argumentou que se tivesse que arriscar alguma coisa, teria que ser no jogo de hoje. "Temos que chegar no jogo de quinta-feira, contra o Once Caldas, em condições um pouco melhores. Todos os times envolvidos na Libertadores pouparam jogadores e, tirando os acontecimentos do futebol, a responsabilidade do que aconteceu na partida é toda minha." E até achou que a história do clássico poderia ser bem diferente se o seu time tivesse aberto a contagem antes da expulsão de Pereira. "Começamos melhor e poderíamos ter feito pelo menos um gol." O técnico santista explicou que alguns jogadores se ressentiram do esforço que fizeram na véspera (sábado), quando treinaram em dois períodos. Uma das queixas de Luxemburgo nos primeiros dias de trabalho na sua volta ao Santos é de que alguns jogadores estavam com a taxa de gordura elevada e precisavam melhorar o condicionamento físico. Entre eles, Diego, Robinho e Renato. "Por isso, eles estiveram um pouco travados. Preciso avançar alguma coisa pensando na frente e avisei o presidente (Marcelo Teixeira), que iria poupar os jogadores. Nada foi feito por acaso e sem pensar." Depois do fraco desempenho do time no empate por 0 a 0 com o Once Caldas, no meio da semana, na Vila Belmiro, a esperança era de uma vitória no clássico com o Palmeiras para melhorar o ânimo dos jogadores. Agora, com a goleada sofrida hoje, o quadro ficou sombrio para a partida de Manizales. Mesmo assim, o discurso de Luxemburgo é otimista. "Não posso garantir que o time vai ganhar, mas vamos vai ser totalmente diferente lá. Diria o mesmo se tivéssemos vencido hoj. Nada determina o que vai acontecer no próximo jogo. Só não podemos nos abater." Além do baixo astral dos jogadores depois de duas atuações decepcionantes, Luxemburgo vai ter que enfrentar um outro tipo de adversidade: a altitude de 2.100 metros de Manizales. Por isso, desde hoje à noite, os jogadores estão concentrados num hotel da Capital e viajam amanhã cedo para a Colômbia. Até quinta-feira à tarde, a delegação vai ficar em Bogotá, só seguindo para Manizales horas antes do jogo. Amanhã, terça e quarta-feira, Luxemburgo vai dar treinos técnicos e procurar reanimar os jogadores com muita conversa. Também vai exibir teipes de jogos do adversário e orientar os jogadores quanto a melhor maneira de atuar na altitude. Quanto aos jogadores, a maioria isentou Luxemburgo de culpa na derrota por goleada. "O Santos não é apenas um time. Somos um grupo e temos que assumir a derrota", disse Léo, que jogou sem nenhuma restrição porque está suspenso da partida de volta diante do Once Caldas, quinta-feira à noite, em Manizales, Colômbia, pela Copa Libertadores da América. "Ninguém errou, muito menos o professor, que quis o melhor para a equipe. É difícil suportar uma situação dessas, mas não podemos nos abater." Renato, um dos titulares que ficou no banco durante o primeiro tempo, foi outro que explicou a goleada com a expulsão do zagueiro Pereira. "A questão de poupar ou não jogadores é uma opção do treinador. A nós, jogadores, temos que acatar e respeitar. O nosso elenco é bom e poderíamos perfeitamente ter vencido o clássico se não tivéssemos ficado com um jogador a menos logo no início do primeiro tempo." Quanto ao comportamento de parte da torcida que pediu a entrada de Robinho aos 25 minutos de jogo e depois xingou Luxemburgo de burro, Renato disse que quem paga ingresso tem direito de protestar. "Não podemos reclamar do torcedor. Apenas dizer que todos nós também estamos tristes. Agora, o que nos resta é buscar a classificação na Libertadores para eles (torcedores)."

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