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Luxemburgo põe a culpa nos árbitros

Por Agencia Estado
Atualização:

Técnico e jogadores do Santos evitam sempre falar sobre erros dos juizes, mas às vezes não conseguem segurar. Foi o que aconteceu com Vanderlei Luxemburgo, que desabafou depois do empate contra o Corinthians, quarta-feira na Vila Belmiro: "O Sálvio Espínola está de parabéns pela arbitragem durante 90 minutos, mas não pode errar num lance simples do futebol aos 47 minutos do segundo tempo, um erro que podia ter feito o resultado do jogo". Quando a partida acabou, o treinador santista foi falar com Sálvio Espínola. E Luxemburgo conta como foi: "falei para ele que tinha apitado um grande jogo, mas um juiz que almeja chegar à Fifa não pode errar num lance ao final do jogo". O técnico se referia à marcação de uma falta de Ávalos que, em sua opinião, não existiu. E aproveitou para colocar Paulo César de Oliveira na história: "ele é um dos melhores juizes do Brasil, nível Fifa, mas não pode cometer um erro como o do jogo contra o Guarani" (marcou pênalti numa falta cometida fora da área.) Como há severas punições para quem ataca os árbitros, todos na Vila Belmiro fogem do assunto. Um caso recente foi o de Deivid, que fez mostrou oito dedos das mãos ao ter seu quarto gol anulado. Ele estava indicando a quantidade de gols que os juizes não deram a favor de seu time e no dia seguinte ainda comentou o problema, calando em seguida. Mas a lista de erros que prejudicam o time não pára nos oito gols anulados. A contabilidade do clube mostra as jogadas que não deixaram dúvidas depois de serem vistas e revistas na televisão. Os adversários marcaram três gols em impedimento e que foram validados pelos juizes, seis pênaltis sofridos por seus jogadores e não marcados, ao lado de um a favor do adversário e que não existiu. MISTÃO - Desde esta quinta-feira o técnico Vanderlei Luxemburgo está vivendo novamente seu drama de escalar ou não os jogadores titulares nos jogos da Sul-Americana. Ele está discutindo o problema com os dirigentes e nesta sexta-feira deverá definir o time para o clássico de domingo contra o São Paulo. "Vou conversar primeiro, pois realizamos o trabalho em conjunto", disse. Luxemburgo voltou a comentar o desgaste provocado no grupo na partida contra o Flamengo, em que o time empatou aos 47 minutos do segundo tempo e conseguiu a vaga para esta fase na cobrança de pênaltis. "Aquele jogo mexeu com o emocional dos jogadores, pois além do desgaste físico, houve o emocional. "Todos enalteceram aquela partida, considerada a melhor do ano, mas logo depois tivemos dificuldade na Vila Belmiro e problemas frente ao Internacional em que não tivemos caixa para buscar o resultado". Enquanto o Santos persegue o Atlético-PR na luta pela conquista do Brasileiro e está na disputa da Sul-Americana, seu concorrente só pensa no campeonato nacional o que lhe dá, segundo Vanderlei Luxemburgo, uma grande vantagem. "O Atlético tem a semana cheia de treinamento, prepara e lapida os jogadores para o campeonato e o atleta só fica com uma competição na cabeça". Com o calendário mais apertado, o Santos tem procurado primeiro a recuperação de seus jogadores do desgaste provocado pelos seguidos jogos. Ele está preocupado porque a responsabilidade e a pressão aumenta com as novas fases da Sul-Americana e questiona: "como dar resposta física se não consegue se recuperar direito?". Caso não tivesse o clássico de domingo, o time iria fazer uma intertemporada, aproveitando a folga de dez dias na tabela. "Quando solicitamos uma resposta melhor e não tem, o time começa a ficar para trás e não tem mais jeito de se recuperar", advertiu. Nesta sexta-feira Luxemburgo escolherá os jogadores para colocar em campo e o mais provável é que escale parte do elenco titular para começar a partida, deixando os demais no banco para entrarem em caso de necessidade, como aconteceu no jogo contra o Flamengo, em que colocou três estrelas quando o time corria atrás do empate.

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