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Luxemburgo reafirma busca da vitória

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Por Agencia Estado
Atualização:

Sem perder a mania de provocar polêmica por onde passa, o treinador Vanderlei Luxemburgo resumiu numa frase o que o Palmeiras veio fazer em Belém: "que me desculpem o Paysandu e sua torcida, a quem respeitamos, mas viemos aqui para ganhar". Num recado aos dirigentes da CBF, voltou a ironizar o fato de o time paraense continuar jogando no Mangueirão. "Desafio que alguém prove não ter sido isso um benefício ao adversário". Luxemburgo tentou ser diplomático, elogiando a fidelidade do torcedor paraense. "É impressionante como o pessoal comparece aos estádios. Estive aqui em 89, dirigindo o Bragantino, num jogo contra o Remo, e o Mangueirão estava lotado". Ele ressaltou que ao mencionar a vantagem do Paysandu no jogo de domingo não estava querendo dizer que o estádio do Pará ou seu povo são ruins, mas apenas citar um fato que considera incontestável. Ao ser questionado se estava querendo apresentar uma justificativa no caso de o Palmeiras perder o jogo, o treinador desconversou e entrou no ônibus da delegação. "Se deturparem o que eu digo não posso fazer nada". Embora sem pedir, o Palmeiras ganhou um forte aliado em Belém: torcedores do Remo, ferrenho rival do Paysandu, têm marcado presença na porta do Hilton Hotel, onde o Verdão está hospedado. Chamados de "secadores" pela torcida do Papão, os remistas prometem levar uma faixa da Mancha Verde e engrossar a galera palmeirense no estádio. "O Palmeiras tem que acabar com o fogo daquela coisa", afirmou o balconista Hilário Barros de Souza, referindo-se ao Paysandu. Souza vestia uma camisa do Palmeiras e tinha na cabeça um boné do Remo. Para ele, o Verdão vai ganhar a partida de "goleada". E arriscou um palpite: 3 x 0. "Vou lavar minha alma", sentenciou. A estudante Valdirene Carvalho, de 18 anos, levou duas primas e um sobrinho de seis anos para pegar um autógrafo do goleiro Marcos. Cercado por seguranças, Marcos nem olhou para os lados para atender as fãs que gritavam seu nome. Ele entrou correndo no hotel, para desespero de Adriana, uma menina de seis anos. Dentro do hotel, Marcos explicou que não podia parar e atender a todo mundo. "Se não dá para atender um, não atendo a ninguém. Direito é igual para todos", filosofou o goleiro pentacampeão mundial. Arce diplomático - O meia Arce, bem mais acessível, atendeu a vários torcedores. Ele disse que esse tipo de assédio é normal, sobretudo quando se trata do Palmeiras, que possui uma grande torcida em todas as regiões do país. Sobre o jogo, fez questão de definir como "muito difícil", sobretudo diante de um adversário que já conhece o gramado do Mangueirão e tem o apoio de sua torcida. Arce entende que a partida contra o Paysandu será a da superação do Palmeiras em campo. Ele entende que até agora o time vem mantendo uma regularidade na Copa dos Campeões, aproveitando bem as oportunidades de gol que têm aparecido. "Vai ser uma grande festa essa partida de domingo", resume o paraguaio. Ele próprio, mesmo marcando gols decisivos nos últimos jogos, não se considera na obrigação de ser artilheiro do time. "Se surgir uma chance de fazer gol, vou tentar não errar".

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