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Magrão: agradecimentos ao Palmeiras

Por Agencia Estado
Atualização:

O meia Magrão citou pelo menos dez vezes o Palmeiras durante sua entrevista mais concorrida na seleção brasileira, desde a estréia contra o Haiti, em agosto. Confirmado para atuar como primeiro volante, um pouco mais recuado que Renato, na partida desta quarta-feira com a Colômbia, o jogador agradeceu várias vezes seus companheiros de clube pela oportunidade ímpar na seleção. Citou períodos difíceis durante 2003, o ano em que o Palmeiras disputou e venceu a Série B do Campeonato Brasileiro e atribuiu o prêmio de sua convocação e escalação à equipe do Parque Antarctica. "Estou aqui pelo meu trabalho no Palmeiras. E não conseguiria nada se estivesse numa batalha sozinho. Devo muito ao grupo do meu clube. Com força e perseverança, conseguimos dar a volta por cima." Ele fez uma referência especial ao goleiro Marcos e outra ao atacante Vagner Love. "O Marcos foi pentacampeão mundial. Mas quem poderia supor que dois jogadores de um time rebaixado à Segunda Divisão fossem lembrados tão rapidamente para compor uma seleção de craques consagrados?" Vagner Love não integra a equipe em Maceió, mas esteve com a seleção em outros compromissos de 2004, como na Copa América, disputada em julho. A opção de Parreira por Magrão deveu-se a uma série de coincidências. Três jogadores de meio, que atuam mais pelo lado direito, se contundiram e foram cortados da seleção: Gilberto Silva, Edmílson e Juninho Pernambucano. Isso abriu espaço para Magrão ter a oportunidade de fazer a sua primeira partida oficial pela seleção brasileira. "Pelas circunstâncias, tudo me foi favorável." Ele afirmou que está preparado para o desafio. Disse que se empenhou ao máximo nos treinos a fim de deixar boa impressão para Parreira e a comissão técnica e demonstrar seu interesse por servir à seleção. "Eu sabia que tinha de ir comendo pelas beiradas. Mas numa seleção de jogadores com fama internacional não dá para a gente se acomodar. Se faz parte dela, tem de mostrar serviço." Magrão contou que não se surpreendeu com a convocação para os confrontos com Venezuela e Colômbia. No primeiro, nem ficou no banco de reservas. Comentou que a surpresa foi por constar da lista dos relacionados para o Jogo da Paz, com o Haiti. Ele reconheceu ser o menos experiente dos 11 escolhidos por Parreira para enfrentar a Colômbia. E reiterou a disposição de repetir na seleção o mesmo desempenho no clube. Muito sorridente e estranhando o assédio até mesmo da imprensa internacional, Magrão contou que teve uma conversa com o técnico da seleção logo após o amistoso no Haiti. Na ocasião, Parreira teria lhe dado um recado: que continuasse jogando o mesmo futebol no Palmeiras. "Vou representar todos os atletas do Palmeiras que me ajudaram a chegar aqui. É assim que vou entrar em campo." Embora no Palmeiras tenha mais liberdade para ir ao ataque, Magrão vai ter de se contentar em dar proteção à zaga da seleção na partida desta quarta. Uma vez ou outra poderá tentar uma investida, desde que haja cobertura de Renato, o segundo volante, e de mais um meia ou zagueiro. "Já fiz cinco gols de cabeça pelo Palmeiras este ano. De repente, posso deixar minha marca no Rei Pelé, quem sabe?" Para Magrão, o que mais tem lhe chamado a atenção na seleção é o ambiente de harmonia entre os jogadores. "São todos consagrados e bem humildes. Coisa que a gente não vê nos clubes."

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