Publicidade

Mais econômico em contratações, Palmeiras volta a decidir título

Clube contrata menos do que em anos anteriores e consegue se organizar melhor para ter um elenco mais competitivo

PUBLICIDADE

Por Ciro Campos
Atualização:

Um Palmeiras mais comedido e ponderado é o que chega à decisão do Paulista. Tem a melhor campanha e a vantagem de jogar a segunda partida em casa. Para conseguir alcançar esse estágio, o clube planejou mais, gastou menos e conseguiu se preparar melhor para montar um elenco competitivo e encerrar os dez anos de jejum no regional. A equipe contratou seis reforços, número abaixo das oito opções trazidas no ano passado apenas no início da temporada.

Roger espera ter Marcos Rocha e faz mistério sobre Borja titular na final

Em 2017, por exemplo, a diretoria investiu pesado, a exemplo dos R$ 33 milhões pagos em Borja, mais R$ 10 milhões em Guerra e ainda outros R$ 12 milhões em atletas que pouco atuaram pelo time, como Hyoran e Veiga. 

Palmeiras decide o Paulistão com o Corinthians Foto: Alex Silva/Estadão

PUBLICIDADE

Mais dinheiro seria aplicado para o Campeonato Brasileiro. Foram por volta de R$ 40 milhões em reforços como Bruno Henrique, Luan, Juninho e Deyverson. Todos bancados com o aporte da patrocinadora do clube, a Crefisa, responsável por injetar quase R$ 150 milhões na compra de atletas desde 2015.

A filosofia para 2018 foi diferente. A diretoria entendeu que era preciso fazer contratações pontuais, sem a necessidade de gastar muito. Foram pagos R$ 6 milhões ao Cruzeiro por 25% dos direitos econômicos de Diogo Barbosa e mais R$ 2 milhões ao Atlético-PR por Weverton. Os demais reforços, como Lucas Lima, estavam livres no mercado. Assim, o clube só precisou arcar com luvas e comissões.

Além de planejar melhor a formação do elenco, a diretoria sabia que não podia contar mais com o apoio irrestrito da patrocinadora. A Crefisa foi multada pela Receita Federal em setembro em mais de R$ 30 milhões, pois o formato utilizado para contribuir com os reforços foi considerado inadequado e teve de ser revisto. Em vez de compra de propriedades de marketing, a operação precisou ser categorizada como empréstimo. A mudança forçou a alteração do texto de todos os contratos realizados anteriormente.

Mais do que pisar no freio financeiramente, o Palmeiras mudou sua filosofia. Neste ano, a diretoria identificou oportunidades no mercado, como Emerson Santos em fim de contrato com o Botafogo, e tratou de sanar fraquezas do elenco. As laterais ganharam atenção. Victor Luís retornou de empréstimo do Botafogo para se firmar pela esquerda. Na direita, Marcos Rocha veio do Atlético-MG.

Publicidade

Parece certo que o Palmeiras fechará 2018 com menos contratações. Até agora, foram seis. No ano passado, o clube trouxe 12, ante 15 em 2016 e 25 em 2015.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.