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Manchester United homenageia mortos na 'tragédia de Munique'

Clube inglês vestirá uma replica dos uniformes dos atletas que morreram num acidente de avião em 1958

Por Agências internacionais
Atualização:

AP Avião que transportava os jogadores do Manchester ficou destruído após sair da pista em Munique MANCHESTER - Em meio a homenagens e lágrimas, os torcedores do Manchester United relembram nesta semana uma das maiores tragédias do esporte mundial. Há 50 anos (em 6 de fevereiro de 1958), vários jogadores da equipe treinada por Matt Busby morreram num acidente de avião - o episódio ficou conhecido como a tragédia de Munique (Alemanha). Veja também:  Gerrard será capitão da Inglaterra em estréia de CapelloBeckham diz que 'compreende e respeita' decisão de Capello O Manchester, que tinha uma equipe com média de idade de 24 anos (os atletas eram conhecidos como "bebês de Busby"), voltava de Belgrado (Iugoslávia), onde havia disputado uma partida contra o Estrela Vermelha pela Taça dos Campeões. Naquele dia (às 15h03), após a escala em Munique, o avião que transportava os jogadores não conseguiu decolar e se chocou contra uma casa desabitada. O avião havia tentado levantar vôo por duas oportunidades, mas não obteve sucesso por causa da neve - a pista estava impraticável. O jogador Duncan Edwards, de 21 anos (um dos maiores craques do time), chegou a enviar uma mensagem para sua casa "Todos os vôos cancelados. Voltaremos amanhã." Mas não foi isso o que ocorreu. Pela terceira vez, a aeronave tentou levantar vôo. Sem força suficiente para ultrapassar uma barreira de proteção, o avião colidiu e depois se chocou contra uma casa. Segundo sobreviventes, o jogador Billy Whelan, católico, havia dito antes da terceira tentativa de voar: "Estou preparado para ir com o Senhor". AP Estátua do técnico Matt Busby (canto direito) em frente ao pôster com os famosos "Busby Babes" Ao todo, 22 pessoas morreram na tragédia (o avião tinha 44 passageiros). Dos jogadores, sete morreram no ato: Roger Byrne, Geoff Bent, Eddie Colman, Mark Jones, David Pegg, Tommy Taylor e Billy Whelan. Duas semanas depois, Duncan Edwards também morreu - das demais vítimas fatais, oito eram jornalistas e seis eram membros do staff da equipe. A equipe havia conquistado duas Ligas (1956 e 1957) e era considerada uma das melhores do mundo. "Tínhamos ganhado quase tudo. Derrotamos o poderoso Real Madri. E se essa tragédia não tivesse acontecido, a Inglaterra poderia ganhar a Copa do Mundo de 1958 [vencida pelo Brasil], na Suécia", conta Bobby Charlton, um dos sobreviventes. Nesta quarta-feira, a seleção inglesa utilizará faixas negras para homenagear os mortos em Munique, em partida amistoso contra a Suíça, que marcará a estréia do treinador italiano Fabio Capello. Quatro dias depois, será a vez dos jogadores do Manchester United utilizarem uma réplica da camisa dos jogadores de 1958 no clássico diante do City, pelo Inglês.

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