Mancini espera pela Seleção

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Por Agencia Estado
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O lateral-direito Mancini, de 24 anos, atravessa uma excelente fase na Roma. É um dos ídolos da equipe - segunda colocada no Campeonato Italiano com 57 pontos, sete a menos do que o líder Milan - e a felicidade só não é completa por dois detalhes: o esquecimento do seu nome nas convocações da Seleção Brasileira e a delicada situação financeira do clube. A Roma deve um mês de salário, situação que já está sendo administrada pelos dirigentes romanos. "O momento é difícil no clube. Eles prometeram que em dois meses os atrasados serão acertados. Devemos acreditar", afirmou Mancini, por telefone, do seu apartamento em Roma. "Nós procuramos não nos envolver em fatores extra-campo para não prejudicar o desempenho." Não é à toa que o seu empresário, o ex-jogador Alemão, está na capital italiana conversando com os dirigentes. O jogador admitiu que há a possibilidade de a Roma ser vendida para um grupo russo e boatos de desmanche, gerando um clima ruim para os jogadores. "Todos querem um respaldo, uma definição. Assim teremos mais tranqüilidade para atuar. Nosso time está jogando bem e precisamos continuar assim." Domingo, a Roma enfrenta a Lazio. E Mancini está otimista: "Há 10 jogos não perdemos deles. Temos de manter o tabu." O prestígio de Mancini continua em alta. Em 44 jogos, fez 11 gols (8 no Campeonato Italiano). Na noite de quarta-feira, o brasileiro e o atacante Delvecchio foram a um evento do fã-clube da Roma. Distribuíram autógrafos e posaram para fotos com os torcedores, a maioria crianças. Além disso, deve estrear em breve um comercial da Diadora, marca de material esportivo do clube. Mancini não pensa em transferência nesse momento. "Cheguei há pouco tempo aqui na Europa e não penso em mudar de time. Estou gostando muito do Campeonato Italiano e não posso falar nada sobre a possibilidade de sair do clube. Realmente eu não sei", disse o jogador, que tem contrato até 2006. Ala ou lateral? Tanto faz Em relação à Seleção Brasileira, Mancini afirma que está tranqüilo e segue o conselho de Émerson, seu companheiro de clube. "Ele diz que se você estiver jogando bem no clube, a convocação chega naturalmente. Vou continuar trabalhando." Quando soube que Parreira não o convocava porque tem jogado na Europa como um ala, com poucas responsabilidades defensivas, o jogador estranhou: "Eu faço a mesma função que o Cafu fazia aqui na Roma, no 3-5-2. Tenho a liberdade de atacar, mas também sei jogar na defesa. Tenho preparo físico para ir ao ataque e proteger a defesa. Isso não seria problema", disse o jogador, assegurando que não teria dificuldades de se adaptar às funções da lateral-direita se fosse necessário. "Aqui na Roma, às vezes jogamos no 4-4-2 e não encontro nenhuma dificuldade. Meu forte é o ataque, mas também sei defender. Mas respeito a opinião do Parreira."

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