Marcão promete comandar o Atlético-PR

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Por Agencia Estado
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O guerreiro do Atlético-PR começou sua batalha no campo do inimigo. Com 18 anos, Marcos Alberto Stavinski, então lateral-esquerdo do Olímpico, time amador do bairro Xaxim, em Curitiba, foi convidado para um teste no Coritiba. Permaneceu por três anos. "Fiquei chateado quando me mandaram embora", disse Marcão. Depois de muito rodar, acabou no Atlético e, hoje, aos 30 anos, sonha com o título da Libertadores. "Estamos muito confiantes". O São Paulo, contra o qual irá duelar na finalíssima da Libertadores, nesta quinta-feira, já foi seu time de coração na infância. "Eu torcia para o time que ganhava. Teve a fase do São Paulo, do Fluminense, gostava muito do Botafogo e do Cruzeiro", lembrou Marcão. "Quando um time estava bem eu torcia, mas não tinha muita ligação". O sucesso que Marcão vem conseguindo contagia a mulher, Márcia, que não perde os jogos em Curitiba. E já se transfere para o pequeno Lucas, que completa 5 meses esta semana. "Tinha prometido um gol para comemorar a gravidez, mas ele só aconteceu um dia antes de ele nascer, na estréia da Libertadores contra o Libertad", contou. "Meu filho só me trouxe sorte. Quando completou dois meses fomos campeões paranaenses. Tomara que tenha alguma coisa boa agora também". Marcão diz ser fã de Dunga e Romário, campeões mundiais em 94. O atacante, por ter sido "o melhor em sua posição", e o volante, "pela raça em campo". "Sou muito chato até com meus companheiros. E ele era isso. O Dunga gostava da liderança e em campo procuro isso". De forma natural ganhou a braçadeira de capitão. Jogando como lateral-esquerdo, zagueiro ou volante, Marcão conquistou a confiança da torcida pela vibração e garra. Por isso, freqüentemente é preservado das vaias quando o time está mal. "Em todos os times que passei nunca faltou garra. Como o Atlético é um time de raça, me identifiquei com a torcida", ressaltou Marcão. "Minha marca é nunca desistir". Ele nunca duvidou que o Atlético poderia chegar ao topo da Libertadores. Mesmo agora, quando a decisão é no Morumbi. "Nós já demonstramos que estamos fortes fora de casa porque todas nossas vagas foram conseguidas fora", acentuou. "A única vantagem que eles (São Paulo) têm é de jogar com o apoio da torcida, mas dentro de campo são 11 contra 11".

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