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Marcos não esperava ser convocado

Por Agencia Estado
Atualização:

Magrão estava preso no trânsito, nesta sexta-efira, a caminho do CT do Palmeiras, ansioso para ouvir o celular tocar. Marcos ia para o mesmo lugar, mas não estava nem um pouco preocupado com qualquer outra coisa a não ser treinar. O fato é que a expectativa pelo anúncio da convocação de Parreira causava emoções distintas nos dois palmeirenses: o volante não conseguia pensar em outra coisa; já o goleiro parecia que não iria nem se importar caso não fosse chamado. No meio da tarde, a notícia: os dois estavam no grupo que joga as duas próximas rodadas das Eliminatórias. "Estaria mentindo se dissesse que não estou ansioso, esperando pela convocação. Depois que você vai uma vez, quer ir sempre", dizia Magrão, na antevéspera do anúncio de Parreira. Nesta sexta-feira, ele pediu desculpas, mas não deu entrevistas, justificando que tinha compromisso inadiável. "Foi uma surpresa agradável. Sinceramente, eu não esperava ser chamado tão cedo", admitiu Marcos. O goleiro contou que, ano passado, chegou a pensar que não conseguiria mais voltar à seleção. "Passei por duas cirurgias na mão (esquerda) e teria de percorrer um longo caminho até voltar. Tinha de fazer fisioterapia, perder peso, pegar ritmo... e tudo isso só para voltar a ser titular do Palmeiras. Seleção, então, era uma coisa ainda mais distante." Curiosamente, o primeiro jogo de Marcos pela seleção foi com Candinho, atual técnico do Palmeiras, num amistoso com a Espanha (0 a 0), em 13 de novembro de 99. Candinho era auxiliar de Luxemburgo, que não pôde comandar a seleção naquele dia porque tinha um compromisso na Austrália. Fã de Marcos, Candinho o escalou como titular. Dali em diante, o palmeirense virou figurinha fácil nas convocações. "Tive a felicidade de ser chamado pelo Luxemburgo, pelo Leão, pelo Felipão e depois pelo Parreira", lembrou o goleiro. Avesso a estatísticas, Marcos não sabe quantas vezes já foi convocado. "Só fico sabendo quando chego em Teresópolis e eles nos dão um boné com um número. Esse número é o de convocações", revelou. O boné de Marcos será o 57º. Titular e campeão do mundo em 2002, com Felipão, Marcos vinha tendo boa seqüência com Parreira. Mas se lesionou e perdeu lugar para Júlio César. Chamado novamente, ele agora sonha com uma nova Copa. "Se precisar, estamos aí!", disse, sorrindo. "E não me importo se serei titular ou não. O importante é estar no grupo", avisou.

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