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Marcos: Não quero sair do Palmeiras

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Por Agencia Estado
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Envolvido em rumores e especulações sobre uma possível transferência para substituir Fábio Costa no Corinthians, o goleiro Marcos tranqüiliza a torcida palmeirense. No vôo rumo a San Cristóbal, na Venezuela, para a disputa de mais um jogo pela Copa Libertadores, diante do Deportivo Táchira, o goleiro de 31 anos, que tem contrato com o Palmeiras até 2007, garantiu que não pretende sair do clube. Agência Estado - O que você sentiu ao completar 300 jogos pelo Palmeiras, no sábado? Marcos - Felicidade. Eu sei da dificuldade que é fazer 300 jogos, mas tomara que eu possa aumentar muito essa marca. Minha pretensão é de pelo menos chegar a 500. Isto é, jogar mais 200 jogos, são mais dois anos e meio. Tenho contrato até junho de 2007, vamos ver até onde dá para chegar até lá. AE - Significa muito chegar aos 500? Marcos - É uma marca legal, porque 300 jogos já é apenas um seleto grupo de jogadores que conseguiu. Agora 500 eu vou passar muita gente. Devo ficar entre os cinco primeiros. É minha pretensão no momento. AE - Você nunca quis ir para o exterior a qualquer custo e privilegiou ficar perto da família. Continua pensando assim? Marcos - Penso. Nunca foi meu sonho ir para o exterior, a não ser que fosse uma proposta muito boa e num país de fácil adaptação. Nunca trabalhei no Palmeiras pensando em chegar na Europa. O fato de você jogar num time grande do Brasil já é bastante positivo, pouca gente consegue. Um dia pode aparecer uma oportunidade de fora e dar tudo certo, mas não me preocupo com isso. AE - Você planeja jogar até quando? Marcos - Até os 36 anos. Até lá dá para levar com uma condição boa. Passando disso fica difícil, porque cada ano as bolas ficam mais leves, os jogadores são mais rápidos. A velocidade está aumentando e você, passando a idade, vai diminuindo a sua. AE - O Fábio Costa foi afastado do Corinthians. Há rumores de que você seria cotado para substituí-lo. Marcos - Não teve nenhuma proposta oficial do Corinthians para o Palmeiras, nem para mim. A gente que joga não fica sabendo, pode ser uma coisa de bastidor, entre diretores e a imprensa. Eu fui pego de surpresa como um monte de gente. AE - Se tudo desse certo e a transação fosse interessante para todos, você iria? Marcos - Estamos de novo nas suposições. Eu tenho contrato até julho de 2007 e vou fazer de tudo para cumpri-lo. AE - O Palmeiras te procurou para incluir uma cláusula no seu contrato tentando evitar uma ponte via um clube do exterior? Marcos - Ninguém falou comigo a esse respeito. Eu não assinei nada, tenho só meu contrato normal que foi assinado há um ano. AE - Há um interesse atual de algum clube do exterior? Marcos - A doutora Gislaine (Gislaine Nunes, advogada do jogador) passou para mim, no começo do ano, que poderia pintar uma boa proposta. Eu disse para ela procurar a diretoria do Palmeiras e saber se eles tinham interesse. Depois, se o Palmeiras desse o aval, a gente poderia conversar. AE - Você sabe de qual país? Marcos - Ela não falou nem o país porque não veio proposta oficial, com o papel timbrado do time. De boca, sempre tem um milhão de propostas todo ano. AE - No início do ano você fez críticas ao time. Melhorou? Marcos - Melhorou bem. As contratações vieram, de jogadores experientes que disputaram competições importantes. Isso vai dando confiança e uma cara diferente ao time. Mostra que o pessoal (da diretoria) está se empenhando em trazer gente. Os jogadores que vieram são conhecidos e, para se disputar um Campeonato Brasileiro, tem que ter um grupo forte, senão não chega em lugar nenhum. AE - Já dá para brigar pelo título? Marcos - Tem outros favoritos na frente do Palmeiras, mas não adianta ter 15 favoritos porque só ganha um. Tirando dois ou três que tem elenco considerado de estrelas - o Corinthians e o Santos -, mais o Fluminense e o São Paulo, que foram campeões, o resto briga de igual para igual. AE - Como está sua cabeça em relação à seleção e à próxima Copa? Marcos - Para falar a verdade, eu nem penso nisso. Sei que no final de semana vou jogar contra o Coritiba, depois contra o Cerro Porteño. Uma coisa de cada vez. Não adianta ficar pensando lá na frente. Para disputar uma nova Copa do Mundo, para ser convocado para uma Copa das Confederações, tenho que fazer boas partidas aqui.

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