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Marinho: "Aqui não tem essa de gordura"

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Por Agencia Estado
Atualização:

Para aqueles que acreditam em uma vantagem insuperável por parte do Corinthians, com o Campeonato Brasileiro praticamente definido, o zagueiro Marinho manda um recado baseado em triste experiência recente. ?Não existe esse negócio de gordura para queimar. No ano passado, o meu time também tinha, vacilou e acabou vendo o Santos ser o campeão?, diz o zagueiro, que defendia o Atlético-PR, vice-campeão do ano passado. A tristeza do ano passado (o Atlético-PR perdeu a liderança do Brasileirão apenas na penúltima rodada, com uma derrota para o Vasco, em São Januário, calou fundo em Marinho. E não é de agora que ele tem conversado com os colegas. ?Quando cheguei aqui, no início do Brasileiro, já contei a minha experiência, incentivado pelo Tite, que era o treinador. De jeito nenhum eu quero que aconteça novamente?, diz. E a melhor maneira de não ver a ?gordura acumulada? derretendo rapidamente é não pensar de modo algum da mesma forma como os torcedores estão fazendo. ?No jogo contra o Palmeiras, houve muito torcedor gritando é campeão, é campeão, mas nós não podemos nem pensar nisso, muito menos ter algum tipo de entusiasmo com o caso. Torcedor é para comemorar, sim. Nó temos é de trabalhar bastante?, só isso. Marinho tem uma visão muito realista do futebol. Sabe que o que é céu hoje pode vira inferno amanhã. Ele já foi reserva, já foi criticado, hoje é elogiado e titular. ?Titular? De jeito nenhum. Aqui, tem muito jogador bom. Quem errar, perde o lugar. Eu não me entusiasmo, não.? Por esse motivo, apesar do bom momento de agora não faz projeções. ?Já vi jogador dizer que ama o clube e no dia seguinte ir embora. Eu trato as coisas profissionalmente. Meu contrato termina no final do ano que vem. Quero aproveitar ao máximo o carinho da torcida, a qualidade da comissão técnica, tudo de bom que está acontecendo agora, mas o meu futuro defino depois. Pode ter oferta, pode não ter. Vamos esperar.? Se não sabe como será o seu futuro, Marinho conta que, em passado recente, teve convite para deixar o Corinthians e não aceitou. Mesmo estando na reserva e sem o apoio da torcida. ?Quando o Tite foi para o Atlético-MG, ele me fez um convite para ir junto. Não estava bem aqui, mas queria provar o meu valor. Preferi ficar na reserva e vi que valeu a pena a minha decisão.? O que ele sabe é, que, no momento, quer jogar futebol. ?Todas as partidas, se for possível. Não quero saber de descanso em nenhum jogo, mas não sou eu que decido uma coisa dessas. O que for decidido, eu aceito.? E jogar com a casa cheia, é bem melhor. Marinho recebeu com alegria a notícia de que os 32 mil ingressos para a partida contra o Paraná, sábado, haviam se esgotado já nesta segunda-feira. ?Essa é mais uma prova de que a torcida está sempre do nosso lado, está gostando do nosso trabalho. Assim, é muito mais fácil jogar. Vai ser uma satisfação a mais estar nesse jogo?, afirmou. Marinho não aceita as críticas de que os jogadores do Corinthians extrapolaram na comemoração contra o Santos, em virtude do ambiente que cercava o jogo. ?A gente quebrou um tabu que incomodava e deveria sair chorando? Não fizemos nada de errado e esse jogo já passou. Vamos deixar essas coisas de lado e ficar focados apenas nos jogos seguintes.? Desgaste? - Fábio Mahseredjian, preparador físico do Corinthians, não vê nenhuma vantagem do seu time por ter mais horas de descanso em relação ao São Paulo para o jogo entre ambos, segunda-feira, dia 24, no Morumbi. ?São poucas horas a mais de descanso, três ou quatro. Não vai nos dar vantagem. O que eu acho é que os dois times podem ter muito desgaste para o segundo tempo da partida. Nenhum terá vantagem?, explica. O Corinthians joga contra o Paraná no sábado, dia 22, às 16h. O São Paulo enfrenta o Santos às 20h30 do mesmo dia. Na segunda-feira, Corinthians e São Paulo se enfrentam, no jogo que foi remarcado por decisão de Luiz Zveiter, presidente do STJD. Mahseredjian explica que os jogadores estão sendo avaliados diariamente na parte física e que isso vai decidir quem joga ou não.

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