25 de fevereiro de 2008 | 19h58
O presidente da Comissão Estadual de Arbitragem, o tenente-coronel da reserva Marcos Marinho, classificou de ‘exagero e pegação no pé’ as reclamações do técnico Vanderlei Luxemburgo depois de ser expulso no sábado, no empate do Palmeiras por 1 a 1 com o Rio Preto. "É uma intolerância o que está havendo com a arbitragem. Mas não vamos entrar nessa. Sabemos que há uma série de técnicos que querem colocar derrotas e empates nas costas dos árbitros. Não é justo." Veja também: Luxemburgo pode ser punido por primeira expulsão do ano Ouça a reclamação do técnico palmeirense na saída do campo No calor das provocações, sábado, quando o técnico palmeirense detonou a arbitragem e a Federação Paulista, mas principalmente o trabalho do juiz Paulo Roberto Ferreira no jogo do Palestra, Marinho deu respostas secas a Luxemburgo, entendendo que o treinador estava mais preocupado em justificar sua expulsão do que com qualquer outra coisa. Luxemburgo chegou a dizer que Marinho deveria se ‘aposentar’ caso não aceitasse críticas ao seu trabalho. Recebeu o troco. "Agradeço ao Vanderlei [pelas palavras], mas quem manda na comissão sou eu. Ele tem é de treinar a sua equipe." Nesta segunda, o ex-militar disse que o assunto estava encerrado. Marinho deu a entender que a Federação Paulista de Futebol não pretende levar adiante reclamações consideradas infundadas sobre a arbitragem ou qualquer outro assunto. E as bravatas de Luxemburgo parecem se encaixar nisso. "Erros ocorrem e isso deve ser encarado como algo normal. É claro que estamos atentos para atuações grosseiras ou falta de atenção nos jogos. Nesses casos, estamos tomando as devidas providências." O árbitro Paulo Roberto Ferreira relatou na súmula o motivo que o levou a expulsar Luxemburgo aos 20 minutos do primeiro tempo. "Expulsei o senhor Vanderlei Luxemburgo da Silva após ser informado, através do rádio, pelo assistente Hilton Francisco de Melo que o treinador se dirigiu ao 4º árbitro proferindo as seguintes palavras: ‘Tem de dar cartão nesta falta (seguido de palavrão). Eu tenho 44 anos de futebol e vocês não conhecem nada. Manda ele (o árbitro) dar cartão (e disse outro palavrão)’". O árbitro ainda relatou que, depois de ter sido expulso, Luxemburgo disse: "Já sabia que isso aconteceria, que essa expulsão já veio armada pela Federação Paulista." O treinador não voltou atrás em suas declarações. E continua achando que tem incomodado a entidade com sua postura e declarações. Dirigentes do Palmeiras entendem que o motivo da expulsão foi injusto e que o técnico não merecia ser banido do jogo. O comandante da arbitragem também disse achar "normal" o fato de o árbitro Paulo Roberto Ferreira ter oferecido apólices de seguro para Luxemburgo no passado, quando ele ainda estava no Santos, conforme acusou o próprio Luxemburgo. "Ele precisa trabalhar. Tem sua vida fora da arbitragem. Não vejo nada de ilegal ou imoral nisso", disse Marinho. "Se estivesse fazendo alguma armação, investigaríamos e iríamos atrás. Mas ele não está." Ele aproveitou para deixar claro que a FPF não tem os árbitros nas mãos durante toda a semana, em tempo integral. "Diferentemente do Luxemburgo, que trabalha todos os dias com seus jogadores e pode melhorar o time."
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