Formada em sua maioria por integrantes das classes C, D e E a torcida, ao longo dos anos, caracterizou-se pela força de lotar estádios. Com músicas, bandeirões, tambores, cornetas e animação, apoia o time, mas também cobra quando está insatisfeita.
“Nossa torcida é nosso maior patrimônio. O Santa estando bem ou estando mal, a torcida não deixa o clube. Entender de forma lógica, matemática, não funciona. Porque estamos falando de amor verdadeiro”, diz o presidente Alírio Martins.
“Eu vou onde o Santa Cruz estiver. Se for final de semana, ótimo. Se for dia de semana, converso com o chefe, faço hora extra, mas não deixo de ver o Santinha jogar”, diz o técnico em informática Luis Dias, 23.
Filho, neto e bisneto de tricolores, ele viajou, no final de semana para Campina Grande, na Paraíba, para assistir ao título da Copa do Nordeste. O ônibus foi parado pela Polícia Rodoviária Federal por falta de documentos. Ele não teve dúvidas: “Quem quiser ficar, que fique, eu vou ver o Santa jogar.” E foi. Com outros torcedores, caminhou mais de oito quilômetros até chegar ao local da partida.