Meia-atacante palmeirense é cardíaco

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Por Agencia Estado
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William tem apenas 17 anos e seu futuro já não está mais em suas mãos. Um papel, cujo conteúdo será divulgado nesta quinta-feira pelo cardiologista do Hospital do Coração, César Jardim, deve definir o que acontecerá daqui para frente na vida do meia-atacante, destaque do Palmeiras na Copa São Paulo de Futebol Junior e recém-promovido ao elenco do técnico Jair Picerni, que disputa o Campeonato Paulista. Segundo Fúlvio Rossetti, um dos médicos do clube, o problema de William foi detectado em um exame cardiológico de rotina que passou a ser feito em todos os jogadores da equipe principal do Palmeiras a partir deste ano. "Ainda não podemos dizer o que vai acontecer com o William ou a gravidade do seu caso, mas realmente há uma alteração." O médico contou que, a partir da constatação do problema, o jogador passou a ser submetido a exames mais sofisticados no Hospital do Coração. Rossetti afirmou que a iniciativa teve, em parte, relação com a série de mortes súbitas de atletas durante partidas, registradas na Europa, como a do atacante Miklos Feher, do Benfica, em janeiro. "O clube sempre fez avaliações médicas de seus atletas em todo início de temporada. Mas este ano, até por causa de alguns casos mais graves que tivemos conhecimento, resolvemos fazer exames mais detalhados." O médico do Palmeiras, que é ortopedista, não quis falar da gravidade do problema de William, mas afirmou que ninguém na família do jogador apresentou problemas cardíacos mais graves do que uma tendência à hipertensão. Rossetti limitou-se a dizer que até a divulgação do laudo, nenhuma possibilidade sobre o futuro do meia-atacante pode ser descartada, desde a solução do problema através de tratamento, até a necessidade de uma cirurgia ou o encerramento da carreira. "O importante é que detectamos o problema a tempo", ressaltou. Otimismo - O jogador, por sua vez, mostrou otimismo apesar do drama que vive atualmente. "Acho que não deve ser nada grave. Jogo futebol desde os sete anos e nunca tive qualquer problema, como uma tontura." Segundo o jogador, a única coisa estranha que havia chamado a atenção da comissão técnica palmeirense é o cansaço após exercícios mais fortes.

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