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Melles aguarda demissão de Teixeira

"Vou cumprir minha parte no acordo e, agora, espero que ele (Ricardo Teixeira, presidente da CBF) faça a dele", disse o ministro do Esporte e Turismo, hoje no Rio.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles, está certo de que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, deixa o cargo nos próximos dias. "Vou cumprir minha parte no acordo e, agora, espero que ele (Teixeira) faça a dele", disse o ministro, hoje, durante um evento no Centro do Rio. Teixeira havia se comprometido com Melles a deixar a CBF no início deste ano para facilitar uma profunda reformulação na entidade. A convicção do ministro é de que Teixeira ocupe um cargo remunerado na Fifa, após sua renúncia. Melles não confirmou esta versão, mas também não a desmentiu. Na Fifa, Teixeira já é membro do Comitê Executivo, das Comissões Organizadora dos Campeonatos Mundiais de Clubes e de Segurança e Fair Play, além de ser o presidente da Comissão de Futsal e delegado na Comissão de Árbitros. A edição da Medida Provisória que estabelecerá novas "regras" para o futebol já é vista por Melles, como o último recurso para assegurar a saída de Teixeira. O ministro explicou que a MP, prevista para ser aprovada no Congresso Nacional depois do recesso do carnaval, vai dar poderes ao Ministério Público de afastar dirigentes que estejam sendo alvo de investigações. O presidente da CBF recebeu 27 pedidos de indiciamento no final da CPI do Futebol, no Senado, por crimes de apropriação indébita e evasão de divisas. A prudência do discurso de Melles, que hoje se negou a comentar a volta de Teixeira à CBF, está ligada às sucessivas derrotas que ele vem sofrendo nas últimas semanas. O ministro, que estava em uma feira de Turismo em Lisboa, durante a semana passada, não pôde ver de perto a volta triunfante do presidente da entidade ao cargo. O dirigente conseguiu o apoio irrestrito dos 27 presidentes de Federações Estaduais de Futebol e ainda admitiu que não cumprirá o acordo feito com o político. E, o primeiro passo, será não seguir o calendário quadrienal do futebol brasileiro.

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