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Opinião|OPINIÃO: Meninos do Flamengo colocam todos do mesmo lado

O futebol brasileiro tem de aprender com seus erros

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Se todos sentiram e choraram a morte trágica dos dez garotos da base do Flamengo, em incêndio no alojamento do Ninho do Urubu, na última sexta-feira, todos eles entre 14 e 16 anos, imagino que as autoridades competentes, órgãos públicos, clubes profissionais e jogadores de futebol passarão a caminhar no mesmo sentido de agora em diante no que diz respeito a seguir regras de segurança, exigências do Corpo de Bombeiros, quitar multas aplicadas e se comprometer a ajeitar o torto, não aceitar morar em alojamentos deteriorados e de risco, enfim, atender a todas as normas humanas, respeitosas e dignas que se podem oferecer a uma pessoa, ou grupo, em ambiente de trabalho.

Mãe de Christian Esmério chora durante enterro do filho. Foto: Fabio Motta/Estadão

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Desse modo, os clubes do Brasil, mesmo sem serem acionados, precisam sair na frente para repassar as condições de seus Centros de Treinamentos o quanto antes. É essencial que as partes se desarmem e entendam que o resultado do trabalho em conjunto tenha único objetivo: impedir que tragédias como a do Ninho voltem a ocorrer, voltem a tirar vidas de inocentes. O jogo de engana, de gato e rato, tem de acabar. A fiscalização deve acontecer regularmente. Ser séria e honesta. O clube tem de entender que ela é para o bem de seus profissionais. E cumprir as determinações sem duvidar delas, sem “molhar” a mão de ninguém.

O futebol brasileiro tem de aprender com seus erros, tem de parar de investir somente em contratos milionários de jogadores e técnicos, principalmente nos grandes times, e se valer de estruturas mais sólidas e respeitáveis.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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