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Mesmo com evolução, Parreira deve alterar o Brasil

Para o treinador da seleção, ele não terá "dores de cabeça" para armar a equipe no confronto com Gana, nas oitavas-de-final da Copa do Mundo, na próxima terça-feira.

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo após a nítida evolução da seleção brasileira na goleada por 4 a 1 sobre o Japão, Carlos Alberto Parreira deverá manter o mesmo time que atuou nas duas primeiras rodadas da Copa do Mundo da Alemanha. Ele disse acreditar que o time não mudou mesmo com a entrada de cinco jogadores reservas. "Não mudou a maneira de jogar, só mudaram os nomes. As alterações no time foram realizadas para dar confiança aos atletas que nunca haviam disputado uma partida de Copa do Mundo, como os laterais Gilberto e Cicinho. Sabíamos que eles precisariam só de um bom jogo para isso", analisou. "Não se ganha um Mundial só com 11 jogadores. É importante que haja uma estrutura, quem ganha com isso é a seleção brasileira. Quero que o Brasil ganhe os jogos e a Copa, só isso." Para Parreira, ele não terá "dores de cabeça" para armar a equipe no confronto contra Gana, nas oitavas-de-final, na próxima terça-feira. Dos quatro gols anotados, dois foram de jogadores reservas (Juninho Pernambucano e Gilberto). "Não estou nem um pouco preocupado, pelo contrário, isso facilita o meu trabalho. O importante é que nós estivemos muito bem na partida ao finalizarmos 21 vezes", comentou. "Temos que ir de degrau em degrau. Houve uma melhoria geral, na parte física, técnica, individual e na motivação. Só vou pensar em armar o time mais para frente. O jogo é dia 27 (de junho) e ainda estamos no dia 22". O comandante da seleção brasileira não quis comentar a permanência ou não na equipe de Robinho, que entrou no lugar de Adriano e deu mais mobilidade ao setor ofensivo. "Não quero me preocupar com um ou dois nomes, todos que entraram jogaram bem. É importante que hajam opções. Temos o Fred e o Adriano, nosso repertório é muito grande." Em relação ao confronto com o Japão, Parreira disse que o Brasil iria vencer mesmo indo para o intervalo atrás no marcador. "Voltamos para o segundo tempo sabendo que poderíamos virar o jogo. Eles marcaram em um erro nosso. Tivemos inúmeras chances de marcar, mas é bom lembrar que a seleção japonesa atuava com nove atrás e sempre levava perigo nos contra-ataques". Parreira também elogiou a boa apresentação do atacante Ronaldo, que marcou dois gols e bateu a marca de Pelé na artilharia da seleção em Copas. "Ele não chegou bem, mas está evoluindo ao longo das partidas. Ele está chegando na sua melhor parte física. Esperamos que ele esteja muito melhor e mais confiante no próximo jogo", comentou. Sobre a informação de que Ronaldo não iria atuar, revelada horas antes da partida em Dortmund, o treinador foi enfático. "Não tenho que atribuir nada, cada um fala o que quer. Só falei com o time na palestra antes do jogo e revelei a lista dos atletas que iriam ao campo às 17h45 (horário local). Mas mesmo assim, já estavam falando quem iria jogar ou não".

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