Publicidade

Meta de Adriano é a Copa do Mundo

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os italianos chamam Adriano de "Imperatore" - e o apelido não o desagrada. Quem sabe a Copa das Confederações possa fazer com que a imprensa alemã, mais comedida, não fique tentada a chamá-lo de "Kaiser" -, o chefe, o comandante, o "César"? Essa hipótese igualmente seria bem-vinda, mas o que o centroavante da Internazionale de Milão deseja, a partir desta quinta-feira, é consolidar seu prestígio com Parreira e, por extensão, inscrever seu nome na lista dos 23 do Mundial. "Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho são intocáveis na seleção", admitiu, com o bom senso de quem não é prima-dona em um grupo quase fechado. "Eu é que tenho de conquistar meu espaço, que preciso ainda fazer a minha parte", emendou. "E isso significa fazer gols." Adriano se cobra bom desempenho, de preferência no nível da Copa América, quando compensou a ausência de Ronaldo com gols decisivos e se tornou um dos heróis da conquista do título. Mas também se contenta com atuação semelhante à do final de semana, em que ajudou seu time a destroçar a Roma, no primeiro clássico das finais da Copa Itália. Como sua obrigação é mandar a bola para a rede, sabe que esse é o caminho mais curto, e mais óbvio, para reservar uma camisa, mesmo com número reserva. "Só espero não perder nunca a tranqüilidade", avisou. Para não sair do rumo certo, Adriano faz exercício de auto-avaliação. A constatação é a de que não pode repetir, daqui para a frente, o desempenho pouco atraente da partida com o Paraguai ou do primeiro tempo do duelo com a Argentina, sempre pelas Eliminatórias. "Não fui muito bem contra os paraguaios e diante dos argentinos tive chance de marcar", recordou. "Importa que sei da responsabilidade que é jogar na seleção." Por um lugar no ano que vem, Adriano teve de fazer sacrifício - abdicou a provável festa da Inter pela conquista da Copa Itália. O time teve ultimamente poucos motivos de alegria, e agora que as chances são reais, ele estará distante. "Meu consolo é ter jogado no domingo", conformou-se. "Era importante jogar, mas valeu pela compreensão do clube. Fico torcendo e espero logo uma ligação do pessoal de lá para comemorar a Copa por telefone mesmo." O Imperador combate, agora, em outra frente.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.