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México enrola para contratar técnico

Por Agencia Estado
Atualização:

Luiz Felipe Scolari é o favorito para assumir o comando técnico da seleção mexicana. Dirigentes da Federação Mexicana de Futebol (Femexfut) ainda não chegaram a um consenso sobre quem será o treinador, nem definiram o dia do anúncio oficial. Mas Felipão leva vantagem sobre o argentino Carlos Bianchi, ex-técnico do Boca Juniors, e Ricardo Lavolpe, também da Argentina, que está no México desde a temporada de 1979 e dirige o Toluca. "Não temos pressa para eleger o próximo selecionador nacional", disse Alberto de La Torre, presidente da Femexfut, que procura o sucessor de Javier Aguirre. Contratado pelo Osasuna, da Espanha, Aguirre havia indicado Felipão para o cargo. Não é uma indicação de pouco peso. Os quatro dirigentes (entre eles De La Torre) do Conselho Nacional da Femexfut se reuniram nesta sexta-feira por quatro horas para eleger o novo técnico, mas resolveram adiar a decisão. A imprensa mexicana noticiou que a proposta da Femexfut ao técnico brasileiro é de US$ 1,8 milhão por ano, contra US$ 800 mil oferecidos a Bianchi e a Lavolpe. Felipão teria exigido US$ 800 mil por ano - US$ 3,2 milhões por quatro anos. A oferta dos dirigentes mexicanos chegaria a US$ 7,2 milhões, proposta de padrão europeu. O treinador brasileiro conta também com o lobby da Nike, apesar de a empresa esconder a sua preferência. Carlos Amaral, gerente de promoções da Nike no México, disse nesta sexta-feira que a empresa não fez nenhuma ingerência sobre a Femexfut em nome do treinador brasileiro. Carlos Amaral reconheceu, porém, que a empresa tem grandes possibilidades de assinar um contrato de 12 anos com a Femexfut, seguindo o modelo do acordo que mantém com a CBF desde 1996. "Não temos nenhuma influência sobre a Federação Mexicana. Mas temos esperança de colocar nosso grão de areia e que com a Nike, digo como mexicano, passemos a um nível maior", comentou Carlos Amaral. Felipão está na Inglaterra a convite do técnico do Arsenal, Arsene Wenger, para acompanhar o trabalho da comissão técnica do clube inglês. Na terça-feira ele verá o jogo entre Inglaterra e Macedônia pelas Eliminatórias da Eurocopa. Depois da Inglaterra, Felipão viajará para a Itália para observar o trabalho de Fabio Capello, na Roma, e o dia-a-dia dos treinadores Marcelo Lippi, da Juventus, Héctor Cúper, da Inter de Milão, e Carlo Ancelotti, do Milan. Retorna da Europa apenas no final do mês. No México, o ex-atacante e artilheiro Hugo Sanchez, um dos nomes mais respeitados do futebol no país, continua fazendo lobby em favor de Carlos Bianchi e contra Ricardo Lavolpe. "Ele é o mais indicado para assumir o comando da seleção", disse Sanchez nesta sexta-feira, logo depois da reunião do Conselho Nacional da Femexfut. Lavolpe, o menos cotado, adiantou que se for o eleito não tomará decisões isoladas. "Quero formar uma espécie de conselho consultivo para apoiar as minhas decisões. Não serei nem quero ser o dono da verdade. Quero ouvir Javier Aguirre, Enrique Mez, Manuel Lapuente e Miguel Mejía Barón (quatro nomes de peso no futebol mexicano)", disse o argentino.

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