PUBLICIDADE

Publicidade

Molina cai nas graças da torcida e luta para jogar na quinta

Colombiano faz duas sessões diárias de fisioterapia para poder defender o Santos na Copa Libertadores

Por Sanches Filho
Atualização:

Em pouco mais de dois meses de Santos, Molina já é o colombiano que mais caiu no gosto da torcida. Muito mais do que Aristizabal (fim dos anos 90) e do volante Freddy Rincón, no inicio desta década. E para provar sua gratidão ao clube, vem se submetendo a duas sessões diárias de fisioterapia para se recuperar a tempo de ajudar o time contra o Cúcuta Deportivo, na quinta-feira, na estréia das oitavas-de-final da Caça Libertadores da América.   "Não tive folga no fim de semana e ainda obriguei o fisioterapeuta a trabalhar. Estou morando no CT", brinca. O meia que chegou cercado de desconfiança e mudou a cara do time de Leão, aponta o Santos como favorito para ganhar a Libertadores e considera Boca Juniors, River Plate, San Lorenzo, Fluminense e Flamengo como as outras forças.   Jornal da Tarde - O que se pode esperar do Santos, agora no mata-mata? Molina - Acredito que vamos ganhar os dois jogos e passar à fase seguinte. O Cúcuta começou mal, empatando dois jogos em casa, mas é um time forte. E como se classificou em primeiro num grupo difícil, está confiante.   O que é preciso fazer para superar as duas linhas de quatro deles? Não podemos repetir os erros do último jogo, procurando entrar pelo meio. A melhor maneira de abrir esse tipo de marcação é usar mais as laterais.   Você tem noção de sua importância para o time? Sou apenas mais um na equipe, um jogador que procura dar o máximo de si em benefício do time. Futebol é esporte coletivo, por isso todos têm sua importância e condições de decidir uma partida. Sou um afortunado porque tive a sorte de vir para uma grande equipe como o Santos, onde posso mostrar o meu futebol. Estou bem agora graças à continuidade que o professor Leão vem me dando, desde o início quando encontrava dificuldades para me adaptar. Com o passar dos jogos, foi conseguindo a confiança da comissão técnica e dos companheiros. Mas ainda falta muito para eu me considerar importante. Consegui coisas que julgava ser impossíveis em tão pouco tempo, como me tornar titular, mas posso melhorar.   E quais foram as maiores dificuldades que você enfrentou? Foi a responsabilidade ofensiva. Leão é um técnico que exige do meia que chegue à frente para dar o passe para o gol ou para finalizar e que volte rapidamente para ajudar na marcação defensiva. Para mim era difícil porque estava abaixo do nível de preparação dos demais jogadores. Também eram muitos jogos seguidos e no começo eu às vezes esquecia de voltar para marcar.   Como você prefere jogar? Como meia, por trás dos dois atacantes porque tenho a oportunidade de dar passes para gols e chegar de trás para finalizar.   Quem é favorito nessa Libertadores? Santos, o primeiro de todos, sempre o Boca Juniors, um outro que pode estar entre Fluminense e Flamengo e o que sair de San Lorenzo e River (Plate).   Como é seu convívio com os jogadores do Santos? Em poucos dias tive a impressão de que estava há anos no clube. Todos brincavam comigo e não há descriminação. Não sou visto como um gringo. Em outros lugares foi diferente. Era um estrangeiro e tive problemas para me ambientar. Pior foi no México. Lá nunca tive chance de jogar duas ou três partidas seguidas. Muitas vezes, entrava faltando cinco, 10 minutos, e não dava tempo para mostrar o meu trabalho.   Quando você vai bem, como contra o San José, da Bolívia, qual é a repercussão na Colômbia? Os jornais destacam e falam na televisão nas emissoras de rádio. Ouve-se falar muito, o que para mim é motivo de orgulho. E isso pode me ajudar a ser lembrado para a seleção do meu país. Tenho uma história com a camisa da Seleção e o sonho de todo jogador é jogar pelo seu país. Sei que jogar bem aqui pode me ajudar lá. Mas é preciso que o diretor-técnico precise de um jogador com as minhas características.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.