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Morales diz que veto da Fifa a jogos na altitude é 'apartheid'

Por JEAN LUIS ARCE
Atualização:

Um gol de pênalti bastou ao presidente boliviano, Evo Morales, para ganhar o coração de centenas de pessoas que abarrotaram na quinta-feira um pequeno estádio da capital peruana, em um jogo contra o veto da Fifa às partidas em grande altitude acima do nível do mar. Morales disputou o jogo pouco depois de desembarcar do avião que o trouxe a Lima, cidade situada quase ao nível do mar, para participar na sexta-feira da Cúpula de chefes de Estado da América Latina, Caribe e a União Européia. A partida foi jogada diante de cerca de 2.000 pessoas na sede da Universidade de Engenharia, na periferia da cidade, onde está sendo realizada uma cúpula alternativa de movimentos de esquerda. "Este jogo de futebol está orientado a defender o futebol na altura ... o veto à altitude é um apartheid no futebol, no esporte", disse Morales depois de uma entrevista coletiva na sede onde acontece o encontro de líderes. Vestindo a camisa verde da seleção da Bolívia e com o número 10 nas costas, Morales enfrentou um time de veteranos jogadores peruanos no qual também estava o ex-candidato à Presidência peruana, o militar aposentado Ollanta Humala. A partida terminou empatada por 2 x 2. A Fifa decidiu que jogos internacionais não podem ser disputados em estádios situados a mais de 2.750 metros sobre o nível do mar, ao menos que os visitantes tenham uma adaptação à altitude de ao menos uma semana, que deveria ser de duas semanas se forem disputados a mais de 3 mil metros. A Bolívia tem um estádio em La Paz a 3.600 metros. O Peru também foi afetado com a medida da Fifa, porque tem um estádio a 2.600 metros acima do nível do mar, na região de Cusco. (Reportagem de Jean Luis Arce)

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