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Moreno festeja 3º lugar como vitória

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quando Dario Franchitti ultrapassou Patrick Carpentier, Roberto Moreno poderia ter ficado quieto. Faltavam apenas sete voltas e ele garantiria o quarto lugar, que lhe renderia 12 pontos - o dobro do que tinha conquistado até então. Piloto veterano, que já se aventurou muito na vida... Para que se arriscar? Mas Moreno não se contentou. O fim de semana tinha sido tão bom até então, com resultados satisfatórios nos treinos, que ele quis mais. Quando viu que Carpentier tinha se desconcentrado ao perder o segundo lugar, colocou seu Patrick pela direita. Foi ousado e teve sorte, já que a roda do carro de Carpentier tocou a do seu e nada aconteceu. O carro pulou, mas não perdeu o traçado. "Quando ele foi, vi que era a minha chance. Depois do pulo, vi que nada tinha acontecido com o carro e segui", disse Moreno, feliz como se tivesse vencido: "Vocês não imaginam como estou contente. Após um começo de temporada difícil, é maravilhoso chegar nesse lugar." Subir ao pódio foi uma vitória para Moreno, que não tinha conseguido sequer um bom resultado nas cinco primeiras corridas - pouco para quem terminou em terceiro a temporada passada. Na quinta-feira, Moreno explicava que sua grande dificuldade está sendo a adaptação ao motor novo da equipe: Toyota, ao invés de Ford. Dizia que, além de seu engenheiro novo ainda estar em fase de adaptação, ele ainda não tinha aprendido a lidar com o Toyota, a economizar combustível: "A maneira de dirigir é diferente." Sai daí também a explicação para seu companheiro de equipe, Jimmy Vasser, estar melhor no campeonato, com o dobro de pontos (40 a 20): "Ele é um dos pilotos que desenvolveram o Toyota. Tem muito mais experiência e está conseguindo economizar nos ovais. Eu era um maestro em economizar no ano passado, mas estou tendo de aprender." Moreno resolveu fazer um ´intensivão´ em Detroit, pouco antes da corrida, e pediu aos engenheiros da Toyota os dados do piloto que teve o melhor desempenho no warm up, para checar as freadas e acelerações. Comparou com seus próprios dados e foi para a corrida. Apesar dos 42 anos, mostrou ser um aluno aplicado. Moreno explica que a vantagem de economizar vai além de fazer menos pit stops. Adiando a entrada no box, o piloto tem a chance de esperar por uma bandeira amarela para fazer o pit, perdendo menos tempo. Também tem a oportunidade de dar mais voltas com o tanque vazio (logo, mais rápidas) enquanto o outro está parado. Com isso, ganha-se tempo. O segredo está na maneira de pisar no acelerador e tirar o pé: "Gastar mais combustível não quer dizer correr mais."

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