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Morre ex-presidente do São Paulo

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Por Agencia Estado
Atualização:

A palavra "cartola", na gíria do futebol brasileiro, em geral é empregada de forma pejorativa para definir dirigente. Mas há as exceções, para as quais o termo poderia ser entendido como sinônimo de elegância e altivez. Antonio Leme Nunes Galvão era uma delas. Mas o futebol perdeu nesta quarta-feira a dignidade do antigo presidente do São Paulo (78 a 82). Antonio Galvão, 77 anos, morreu de infarto. O corpo está sendo velado no salão nobre do clube, no Morumbi, e o enterro será às 10 horas desta quinta-feira, no cemitério São Paulo. Galvão teve a maior parte da vida ligada ao São Paulo. Por mais de 20 anos - de 56 a 78 - exerceu quase todos os cargos no clube. Paralelamente, comandava empresas como a Bardhal, o banco BCN, além de construtoras e fazendas de gado. O auge da trajetória como cartola veio quando sucedeu Henri Aidar como presidente, em abril de 78. A primeira gestão não foi das mais marcantes. Mas, na segunda, de 80 a 82, formou o time bicampeão paulista (80 e 81). O ex-presidente nunca mais retornou à função, embora tivesse vencido eleição em 90 (nos votos dos associados). Mesmo assim, continuou a ter influência no Morumbi, como presidente do Conselho e como um dos "cardeais" mais respeitáveis. Galvão circulou entre situação e oposição, nas últimas décadas, e teve participação importante no episódio que resultou na "cassação" do ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta, em meados dos anos 90, por escândalos administrativos. O São Paulo e o futebol desde hoje estão mais pobres.

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