PUBLICIDADE

Publicidade

Morre viúva do ex-jogador Didi

Por Agencia Estado
Atualização:

Pouco mais de um mês depois da morte do ex-jogador Didi - bicampeão mundial em 1958 e 1962 -, faleceu a sua viúva Guiomar Batista Pereira, de 72 anos, na quarta-feira à noite, em decorrência de uma hemorragia estomacal. Internada desde o dia 19 deste mês no Hospital Pedro Ernesto, zona norte do Rio, mesmo local onde morreu o marido, ela tinha diabetes e cirrose hepática. Casada com Didi durante quase 50 anos, Guiomar, conhecida como Dona Guiomar, teve grande influência na carreira do ex-jogador. Negociava contratos com dirigentes e opinava sobre em que clube o marido atuaria. Da ocasião em que Didi deixou o Real Madri, há rumores de que Guiomar foi decisiva para a volta ao Brasil, depois de apenas um ano no exterior. Não admitia ver Didi em segundo plano, em relação às estrelas Di Stéfano e Puskas. Até as atuações do ex-jogador, segundo a crônica esportiva, alternavam segundo o temperamento da mulher. Antes da Copa de 1958, por exemplo, a Confederação Brasileira de Desportos (atual CBF) proibiu as mulheres dos jogadores de os acompanharem à Suécia. "Só um cego de nascença não vê que se trata de separar Didi de Guiomar", determinou Nelson Rodrigues, na época. Isto porque boa parte da torcida culpava as brigas do casal pelos maus momentos daquele que foi escolhido o melhor jogador do Mundial da Suécia. As acusações contra Guiomar, ex-cantora de rádio, se devem ao preconceito que ela sofreu por ter sido o pivô da separação de Didi, que era casado. Mas o amor da vida do bicampeão mundial foi Guiomar, com quem ele ficou junto de 1951 até a sua morte. "Tanto é verdade que ninguém consegue imaginar Didi sem Guiomar e vice-versa", definiu Rodrigues, na crônica intitulada "Didi sem Guiomar", de 1958. Morreram ambos com a mesma idade: 72 anos. Guiomar foi enterrada no cemitério São João Batista, no Rio, junto com Didi.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.