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Mostra no Masp conta a vida de Pelé

Por Agencia Estado
Atualização:

O mito Pelé, o esportista - o maior do século XX -, sua obra belíssima e emocionante, a trajetória de conquistas única no futebol e até o reconhecimento que a humanidade lhe dedica há mais de 40 anos nunca foram tratados com tanto respeito, fidelidade, rigor científico, metodologia, preservação, arte e riqueza como na exposição "Pelé - Arte do Rei", que o Museu de Arte de São Paulo (Masp) vai inaugurar dia 2. São filmes, painéis fotográficos, troféus, medalhas, esculturas, flâmulas, placas, depoimentos, apresentados com graça, elegância, dinamismo e muita tecnologia, mas sem esquecer, por conta de um bem-sucedido projeto arquitetônico, de que Pelé se notabilizou no esporte. Quase sempre que o esporte desembarca nos museus, o resultado conduz o espectador a acreditar que o atleta era Michelangelo, o que não é o caso da exposição - em montagem -, visitada com exclusividade pela Agência Estado. Pelé chegou ao museu, tido como o mais importante da América Latina, para expor sua caixa de engraxate construída com madeira de caixote de bacalhau, usada na infância em Bauru, a bola feita com as meias de seda da avó, dona Ambrozina, e da mãe, dona Celeste, a camisa 10 do Santos e da seleção em jogos decisivos, entre tantas outras peças - no total são 547, dispostas em dois andares do Masp. "Pelé está no lugar certo", diz o curador da mostra, Romaric Büel. "Assim como Andy Warhol, Rubens Gerchman, Cândido Portinari, que também terão obras na exposição, ele foi um artista dos campos de futebol." Há por vezes uma identificação do visitante com o próprio Pelé. Logo na entrada, por exemplo, passa-se por um túnel, a fim de simbolizar a entrada dos jogadores no gramado. O contágio emotivo é garantido com os sons de torcida lançados por discretos auto-falantes, como que preparando o cidadão a contemplar a imagem grande, forte, estampada no fim do túnel: o célebre soco no ar, cena imortalizada por Pelé na comemoração de um gol. A mostra divide-se em módulos. No que resgata seus títulos e marcas históricas, um conjunto de peças chama a atenção e emociona o mais insensível dos cidadãos: o do milésimo gol, como a rede do Maracanã, o par de chuteiras utilizado por Pelé e, claro, a bola. Mas há muito mais, como as míticas camisas número 10 vestidas por Pelé nas Copas de 1958, 1962 e 1970. A exposição é promovida pela Coca-Cola e foi acertada logo depois da parceria feita entre Pelé e a empresa, em agosto do ano passado. Ela fica no Masp até 31 de março.

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