20 de setembro de 2012 | 18h09
MADRI - O Real Madrid e José Mourinho iniciaram processos judiciais contra um jornalista e um ex-vice-presidente do Barcelona que fizeram críticas em separado ao treinador português nesta semana. Advogados representando Mourinho abriram uma ação contra o editor-chefe do jornal Marca, Roberto Palomar, após um artigo escrito por ele publicado na segunda-feira.
"Palomar... referiu-se ao nosso cliente como 'o tipo de pessoa que fugiria após derrubar alguém'", disse um trecho da carta dos advogados de Mourinho publicada nesta quinta-feira no Marca. "A nossos olhos esta frase é... degradante e foi usada de maneira completamente desnecessária na crítica." O jornal disse que Mourinho exigiu que o artigo fosse retificado e o pagamento de 15.000 euros (19.600 dólares) em indenização, que ele prometeu doar para o time de futebol local onde seu filho joga.
Em um comunicado separado no site do clube, o Real Madrid disse que instruiu seu departamento jurídico a tomar as medidas cabíveis contra Alfons Godall, diretor do Barcelona durante a presidência de Joan Laporta no clube catalão. Depois que Mourinho escorregou de joelhos no campo do estádio Santiago Bernabéu para comemorar o gol de Cristiano Ronaldo, aos 45 minutos do segundo tempo, na vitória por 3 x 2 sobre o Mancheser City na Liga dos Campeões, na terça-feira, Godall criticou o técnico no Twitter. "É lamentável o psicopata comemorando gols como se fosse jogador", escreveu Godall.
Em seu comunicado, o Real Madrid afirmou: "O Real Madrid não vai permitir ataques desse tipo e vai sempre tomar medidas contra quem questionar a honra das pessoas que fazem parte deste clube." Apesar de Godall não fazer parte da atual diretoria do Barcelona, o incidente certamente vai acirrar os ânimos antes da visita do Real ao estádio Camp Nou, no dia 7 de outubro, pelo Campeonato Espanhol.
(Reportagem de Mark Elkington)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.