
14 de outubro de 2013 | 23h58
SÃO PAULO - Após mais uma confusão envolvendo torcidas organizadas, o Ministério Público vai pedir a extinção da Gaviões da Fiel e da Torcida Independente em ação civil pública. As duas organizadas entraram em confronto no último domingo na Marginal do Rio Tietê, próximo à Rodovia dos Bandeirantes, após o clássico entre São Paulo x Corinthians, que terminou 0 a 0. Na ocasião, um ônibus que transportava membros da Independente foi apedrejado pelos rivais. Esta é a terceira vez que a Gaviões tem a extinção pedida por meio de ação civil pública.
A medida não é inédita. Já aconteceu com a própria Gaviões, com a Mancha Verde, do Palmeiras, e até com torcidas organizadas da Ponte Preta e do Guarani. Para que o problema seja definitivamente solucionado, o promotor de justiça do Consumidor, Roberto Senise Lisboa, cobra ações mais eficazes por parte dos organizadores dos eventos. "Quem organiza as competições não é o poder público, são as entidades privadas. Eles têm que ter uma maior assunção dessa responsabilidade pelo menos ética, já que eles afirmam que não têm responsabilidade jurídica, o que a Lei diz o contrário. O Estatuto do Torcedor fala claramente da responsabilidade civil, tanto dos organizadores de competições, como dos clubes."
Além do pedido de extinção, o Ministério Público vai multar as duas organizadas em R$ 30 mil cada. O termo de ajustamento de conduta também prevê que ambas sejam impedidas de entrar nos estádios por quatro meses.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.