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Muricy inicia batalha para tirar São Paulo da zona de rebaixamento

Clube espera ter desempenho melhor no returno do Brasileirão

Por Fernando Faro
Atualização:

SÃO PAULO - O contexto é bem diferente daquele que o torcedor são-paulino esperava para a ocasião. O time luta para escapar do rebaixamento e encara uma das mais graves crises da sua história, mas o sonho finalmente virou realidade. Pouco mais de quatro anos depois de ter deixado o clube, Muricy Ramalho está de volta ao São Paulo e inicia nesta quinta-feira, contra a Ponte Preta, sua mais árdua luta dos últimos anos. Vencer no Morumbi é o primeiro passo para tirar o Tricolor da zona de rebaixamento, e dará início ao que precisa ser um segundo turno bem melhor do que o primeiro para que o ano não acabe na tragédia do descenso.O reencontro mostra o poder quase messiânico do treinador diante da torcida, que esgotou a carga de 43 mil ingressos colocados à venda para ver de perto seu retorno. A volta de Muricy é a cartada final do presidente Juvenal Juvêncio para tirar o time das últimas posições e evitar a queda justamente em seu último ano de mandato, o que mancharia de maneira irreversível sua vencedora e polêmica gestão.Não existe outro cenário aceitável que não seja a vitória. Se iniciar o segundo turno com derrota em casa, o time será ultrapassado pela Ponte - que ainda tem um jogo a menos - e cairá para a vice-lanterna. Os próprios dirigentes admitem internamente que apenas uma série de bons resultados pode devolver a confiança aos jogadores.Imaginar mudanças substanciais em relação ao time que vinha jogando seria superestimar a capacidade de Muricy. "A torcida está apoiando e a diretoria ajudando com essa promoção do ingresso. Mas precisamos fazer nossa parte", disse.O discurso do treinador parece ter sido absorvido pelo elenco. Rogério Ceni fez uma reunião com os jogadores e pediu determinação para tirar o time da péssima situação. "Tenho certeza de que ele não veio à toa, ele veio para tirar o time dessa situação e nós sabemos que não pode ficar mais assim. Não podemos ficar só nas palavras", disse Denilson.A tendência é que o Tricolor seja bem parecido com aquele que Paulo Autuori vinha trabalhando, mas com algumas mudanças de posicionamento das peças para tentar reencontrar o rumo das vitórias. O esquema deve ser o 4-2-3-1, com Lucas Evangelista e Aloísio abertos pelas pontas e Ganso centralizando as ações de criação. Jadson, por enquanto, continua na reserva. Denilson ocupa o lugar de Wellington, barrado por um sangramento digestivo.A grande mudança, prometem os jogadores, será na postura em campo. Incomodados, eles admitem que o espírito precisa ser diferente do que foi mostrado até agora, mesmo que isso implique em jogar feio. "Não adianta ir a campo pensar em jogar bonitinho, ainda mais na situação em que estamos. O futebol é resultado, então se você às vezes joga mal mas empurra a bola para o gol, você ganha um jogo e até títulos e prestígio, mas tem vezes em que você joga maravilhosamente e perde. Na fase em que estamos atualmente, prefiro jogar feio e ganhar", emendou Denilson.CRISEA Ponte Preta vive situação bastante parecida com a do São Paulo. O time, que fazia boa campanha no Brasileiro, despencou na tabela e amarga uma série de seis derrotas que custou o cargo do executivo de futebol Ocimar Bolicenho, que pediu demissão.O técnico Jorginho faz mistério para definir o meio-campo - Magal e Rildo disputam uma posição. O técnico contará com o retorno de Chiquinho e volta a ter à disposição os peruanos Cachito Ramírez e Advíncula.SÃO PAULO - Rogério Ceni; Rodrigo Caio, Paulo Miranda, Antonio Carlos, Reinaldo; Denilson, Maicon; Ganso, Lucas Evangelista, Aloísio; Luis Fabiano.Técnico: Muricy RamalhoPONTE PRETA - Roberto; Artur, César, Ferrón, Uendel; Baraka, Magal (Rildo), Fellipe Bastos, Adrianinho; Chiquinho, William.Técnico: JorginhoJUIZ: Marcelo Aparecido de Souza (SP) LOCAL: Estádio do Morumbi HORÁRIO: 21h00TRANSMISSÃO: Pay-per-view

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