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Na decisão paulista, Farah x Teixeira

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Por Agencia Estado
Atualização:

Enganam-se os que pensam ser a grande ?briga? dessa final de Campeonato Paulista a protagonizada por Corinthians e São Paulo. Tal embate resume-se ao gramado. Fora dele, onde as decisões são tomadas, o que está em jogo são rixas sérias e antigas entre dois verdadeiros inimigos: os presidentes da Federação Paulista de Futebol (FPF), Eduardo José Farah, e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Poucas vezes os relacionamentos, os trabalhos de bastidores e as influências tiveram tamanha importância. E exatamente nesse ponto os corintianos largaram na frente. Graças à habilidade e esperteza do presidente Alberto Dualib e de seu vice de Futebol, Antônio Roque Citadini, aliado a um erro de estratégia dos são-paulinos, o clube do Parque São Jorge tem mais chance de sair vitorioso no embate jurídico dentro da Justiça Desportiva. A explicação para a situação é relativamente simples. Os cartolas do Morumbi decidiram estreitar relações com a Federação Paulista. O ex-diretor financeiro do clube, Rogério Caboclo, por exemplo, hoje trabalha na entidade. No Comitê Executivo, dois dos sete integrantes são ligados ao São Paulo. Trata-se do ex-presidente do clube, Juvenal Juvêncio, e o ex-presidente da FPF e ex-governador do Estado, José Maria Marin. Acontece que não se contava com um detalhe: o enfraquecimento político de Farah no cenário nacional. Desde que passou a articular para chegar à presidência da CBF, defendendo os campeonato regionais e se auto-proclamando responsável pelo campeonato estadual mais bem organizado do País, o presidente da FPF cultivou animosidade entre a cúpula da Confederação. Se viu desmoralizado quando a CBF tornou sem efeito a Liga Rio-São Paulo, que era presidida por Farah, e relegou apenas 12 datas para a disputa do Estadual. Em contrapartida, os corintianos, sem espaço na FPF, estreitaram relações com a parte mais forte da queda de braço. Na segunda-feira, na reunião promovida pela Conmebol, em Assunção, Citadini, Dualib e o diretor financeiro Carlos Mello viajaram em jatinho particular acompanhados de quem? Teixeira. Agora é só ver quem tem o aliado mais forte.

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