No dia 3 de fevereiro de 2017, o Barcelona anunciou a contração de Ronaldinho Gaúcho. Com a camisa 10 que o consagrou nos cinco anos que esteve no clube catalão, entre 2003 e 2008, o melhor do mundo por duas vezes foi apresentado como se fosse atuar ao lado do badalado trio formado por Messi, Neymar e Suárez. Mas o evento se tratava da promoção da equipe de Legends (Lendas) do clube catalão.
Dois meses depois, o astro brasileiro fez sua estreia na equipe master catalã contra as lendas do Real Madrid, em Beirute, no Líbano, e decidiu com três assistências na vitória por 3 a 2.
Ao contrário do que acontece no Brasil, os clubes europeus não reúnem seus jogadores apenas em datas comemorativas. A ideia é usar o prestígio e o carinho do público em um “plano de expansão da marca do clube”, como diz Juliano Belletti.
Autor do gol que garantiu o título da Liga dos Campeões de 2005/06, o ex-lateral, que também faz parte das “Lendas do Barcelona”, destaca a infraestrutura. “O departamento chamado Agrupacion Barça Jugadors coordena e administra o escritório de ex-jogadores do Barcelona. Existe todo um plano de eventos, jogos, confraternizações, cursos e viagens para aqueles que construíram a história do clube, e para ativar, expandir e fortalecer a marca FC Barcelona, alguns amistosos são realizados ao redor do mundo. A ideia é aproximar o clube do torcedor”, explica.
Depois de atuar como comentarista ao final da carreira, Belletti assumiu o posto de diretor executivo internacional do Coritiba. “Pouco se valoriza o ex-jogador do clube. Não está incluído no plano de expansão da marca do clube essa aproximação com os torcedores através dos veteranos”, explicou.
Além de Real Madrid e Barcelona, Liverpool, Arsenal, Manchester United e Milan são outras equipes que também possuem times de masters.