Publicidade

Na Europa, só trabalha técnico que estuda

Treinadores precisam fazer o curso promovido pela Uefa

PUBLICIDADE

Foto do author Almir Leite
Foto do author Gonçalo Junior
Foto do author Raphael Ramos
Por Almir Leite , Gonçalo Junior e Raphael Ramos
Atualização:

Se no Brasil não há exigência de formação para os treinadores, na Europa só pode trabalhar quem frequentar os cursos realizados pelas 54 federações filiadas e monitorados pela Uefa. Lá, a entidade resolveu padronizar o ensino para treinadores e estabeleceu três níveis de formação: B (básico), A (avançado) e Pro (profissional), além de dar aulas específicas para quem quiser trabalhar com categorias de base e goleiros. A Uefa também promove intercâmbio entre profissionais com encontros e anualmente cerca de 1.800 técnicos percorrem o continente para trocar experiências e ensinamentos.

Nesse cenário, Portugal é um dos países com maior destaque na formação de treinadores. Na última Copa, o país teve técnicos em três seleções: Paulo Bento (Portugal), Fernando Santos (Grécia) e Carlos Queiroz (Irã). Na lista de nacionalidade dos treinadores, os lusos ficaram atrás apenas dos alemães, que tiveram cinco profissionais. O Brasil só contou com Felipão. Além do trio que trabalhou no Mundial, Portugal teve outro técnico badalado no cenário internacional: Mourinho, do Chelsea.

FILE - This is a Tuesday, April 8, 2014 file photo of Chelsea's manager Jose Mourinho as he sits in the technical area prior to the start of the Champions League quarterfinal second leg soccer match between Chelsea and Paris Saint Germain at Stamford Bridge stadium in London, Tuesday, April 8, 2014. The new English Premier League season starts on Saturday Aug. 16, 2014 (AP Photo/Matt Dunham, File). Foto: Ruth Muulh/Reuteus

PUBLICIDADE

 

A última Copa foi o ápice do reconhecimento internacional dos treinadores portugueses em um processo iniciado há 40 anos, quando a Federação Portuguesa de Futebol mudou os conceitos de formação e preparação dos técnicos no País.

"Até a década de 70, havia a ideia de que apenas ex-jogadores seriam bons treinadores. Mas chegamos à conclusão de que qualquer pessoa, independentemente da sua origem, poderia se transformar num bom treinador. Passamos a ter pessoas de várias origens e a troca de conhecimento foi um dos nossos diferenciais", conta ao Estado Silveira Ramos, diretor técnico da Federação Portuguesa e responsável por organizar os cursos de capacitação para técnicos no país.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.