
18 de fevereiro de 2014 | 05h01
SÃO PAULO - Ilídio Lico, presidente da Portuguesa, reafirmou a intenção de acionar a Justiça comum para reaver a vaga na Série A do Campeonato Brasileiro. "Quando alguém se sente injustiçado, é natural que procure seus direitos na Justiça. Se a Portuguesa errou, a CBF também cometeu erros. Por isso, um tribunal deve decidir", diz o cartola. Na noite desta terça-feira, o presidente vai defender sua posição em uma reunião com representantes do Conselho de Orientação Fiscal e do Conselho Deliberativo para definir a posição oficial do clube.
Ilídio defendeu a entrada na Justiça comum na noite desta segunda-feira em São Paulo, em um evento do Movimento por um Futebol Melhor, ação da iniciativa privada que busca aumentar o número dos sócios dos clubes oferecendo descontos em vários produtos.
No final do ano passado, o STJD puniu a Portuguesa e o Flamengo com a perda de quatro pontos pela escalação irregular do meia Héverton e do lateral André Santos. A decisão causou o rebaixamento da Portuguesa e recolocou o Fluminense na Série A. A partir da decisão, dezenas de ações foram protocoladas por torcedores na Justiça alegando o descumprimento do Estatuto do Torcedor no rebaixamento. De acordo com o Estatuto, as punições devem ser publicadas no site da CBF com antecedência, o que não aconteceu. A CBF, por sua vez, conseguiu cassar todas as liminares alegando que os torcedores não têm legitimidade para defender os interesses da Portuguesa.
Antes de tomar a iniciativa, a Portuguesa ainda tem uma alternativa: aguardar o parecer da Justiça em relação às investigações o Ministério Público de São Paulo, que abriu um inquérito para verificar irregularidades no rebaixamento. Na semana passada, o MP entrou com uma ação civil pública pedindo a anulação do julgamento do STJD. A decisão deve sair ainda esta semana. "Essa também é uma alternativa que temos de avaliar. Tenho muita confiança no trabalho da promotoria", explica Ilídio.
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