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Narcotráfico pode estar envolvido em jogos beneficentes de Messi

EUA e Espanha investigam lavagem de dinheiro de cartéis em ações

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Por Redação
Atualização:

O FBI e a Agência Antidroga dos Estados Unidos investigam há algum tempo o envolvimento de um cartel do narcotráfico mexicano nas partidas beneficentes do melhor jogador do mundo, o argentino do Barcelona Lionel Messi. De acordo com informação do jornal madrilenho El Mundo, a polícia dos EUA agora conta com a colaboração de uma testemunha, que não teve o nome revelado e está sob proteção da Justiça, que diz que as partidas amistosas do meia, organizadas por seu pai, são destinadas também à lavagem de dinheiro dos traficantes. Segundo o jornal, Messi e seu pai sempre souberam desse fato.A Justiça da Espanha também investiga o caso desde 2013. São jogos organizados pela Fundação Messi, cujo pai do jogador, Jorge, é o responsável. Existe a possibilidade de outros cartéis, como os colombianos, estarem envolvidos. Ingressos para essas partidas eram falsificados na lavagem do dinheiro, cujo setor do estádio foi batizado de 'Fila Zero'.O esquema, de acordo com a reportagem, era bastante simples de operacionar: os ingressos eram 'vendidos', mas ninguém aparecia no estádio. Parte do 'investimento' ia para os organizadores, a família de Messi, que distribuíam para os convidados do jogador. O percentual encaminhado para a Fundação Messi era de 10% a 20% do dinheiro lavado.

Messi será julgado por fraude fiscal após se consagrar com título da Liga dos Campeões Foto: Vladimir Rodas/AFP

Em janeiro deste ano, o jornal El País, da Espanha, revelou depoimento de um suposto representante de Messi, Guillermo Marín, de que a Fundação havia desviado dinheiro para um paraíso fiscal. Marín mudou seu depoimento algumas vezes. Num deles, a Fundação Messi teria recebido US$ 300 mil por um jogo. A Justiça ainda não tem argumentos e indícios para acusar o jogador do Barcelona, mas as investigações continuam. Os jogos investigados ocorreram nas temporadas de 2013 e 2014, em Colômbia, México, Peru e Estados Unidos. Jogadores convidados para algumas dessas partidas afirmaram à polícia não terem recebido qualquer tipo de cachê. Estavam em campo por causa do amigo Messi. O estafe do jogador ainda não se manifestou.

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