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Nike diz que espera pela volta de Ronaldo aos gramados

Empresa de material esportivo analisa escândalo que jogador se envolveu no Rio de Janeiro

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Por Redação
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No auge da carreira de Ronaldo, até por uma questão de afinidade com o craque, a Nike do Brasil deixava correr solta a informação de que o contrato entre a empresa e o atleta era vitalício. Parceiros desde 1993, Nike e Ronaldo, porém, têm acordos renovados automaticamente e o atual tem validade até 2010. Veja também:  Ronaldo não deve perder dinheiro por problema com travesti  Ronaldo continua sendo meu ídolo, diz Alexandre Pato  Milan não comenta sobre incidente com Ronaldo  Delegado cogita indiciar travesti por extorsão a Ronaldo A prorrogação ou não do "casamento" só será definida em momento mais oportuno. Sobre o escândalo em que o atleta se envolveu com travestis no Rio, no início da semana, a Nike emitiu nesta quarta-feira comunicado bem lacônico. "A Nike não comenta sobre este assunto. Nós continuamos a desejar ao Ronaldo uma excelente recuperação de sua lesão no joelho para vê-lo novamente nos campos de futebol o mais rápido possível." Ronaldo já foi garoto-propaganda, num mesmo período, de sete grandes empresas. Hoje, Nike e Ambev são suas únicas patrocinadoras. O contrato com a Ambev termina no final deste ano e já surgem rumores de que não deverá ser renovado. Essa tendência é reforçada a partir de uma constatação - já faz pelo menos um ano e meio que a empresa não veicula nenhuma peça publicitária com o jogador. Com a Ambev, as cifras do acordo giram em torno de US$ 1 milhão de dólares por ano - valor idêntico ao pago pela Nike, mas com uma cláusula que reduz a quantia para US$ 800 mil se Ronaldo não estiver a serviço da seleção brasileira. Ele atuou pela última vez com a camisa do Brasil no Mundial de 2006. Abatido com a repercussão e conseqüências da confusão com os travestis, Ronaldo vai viajar a Paris, até o fim da semana, para ser examinado pelos médicos responsáveis pela cirurgia a que foi submetido, em 14 de fevereiro, para reconstituição do tendão patelar do joelho esquerdo. Ele esteve nos últimos dois dias em Angra dos Reis com a mãe, Sônia, com quem chorou muito e lamentou a decisão da namorada Beatriz Antony, que, aturdida com o escândalo, resolveu deixá-lo. OUTROS CASOS Ronaldo não é a primeira celebridade esportiva, com vultosos contratos publicitários, a se envolver em escândalos sexuais. Em dezembro de 2003, o jogador de basquete americano Kobe Bryant, uma das maiores estrelas do esporte, foi processado por suposto estupro de uma mulher de 19 anos. Bryant, casado e pai de uma filha, admitiu ter feito sexo com a jovem mas alegou que o ato foi consentido. O episódio havia ocorrido cinco meses antes, quando seu time, Los Angeles Lakers, estava em Denver, no Colorado. Posteriormente, o caso foi arquivado a pedido da própria "vítima". Mas as conseqüências para a imagem e o bolso de Bryant perduraram. Ele tinha contratos com a rede Mc Donald's e o chocolate Nutella. Ambos expiraram pouco depois do episódio e não foram renovados. Mas a principal empresa a comprar a imagem de Bryant foi a Nike, com um contrato de US$ 45 milhões, pouco antes do escândalo se tornar público. A Nike não rompeu o acordo, mas ficou quase dois anos sem utilizar a imagem de Bryant em anúncios em qualquer mídia, mesmo lhe pagando uma fortuna. Com o mais jovem campeão dos pesos pesados de todos os tempos, Mike Tyson, o escândalo teve desdobramentos mais graves. Preso em julho de 1991 pelo estupro de Desiree Washington, Miss Negra Rhode Island, em um hotel em Indianápolis, Tyson foi considerado culpado em 10 de fevereiro de 1992. Acabou condenado a seis anos de prisão, cumpriu três e foi libertado em março de 1995. No fim daquele ano, fez duas lutas de retorno, contra Peter McNeely e Buster Mathis Jr., vencendo ambas. Sua primeira luta depois da prisão movimentou US$ 96 milhões ao redor do mundo, US$ 63 milhões apenas nos EUA.

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