Mais de 40 mil torcedores compareceram no Maracanã na quarta-feira e vaiaram o Fluminense no empate sem gols diante do Fortaleza. A torcida protestou após o apito final, muito pelo ano doloroso do clube, que lutou contra o rebaixamento até as rodadas finais do Campeonato Brasileiro. O resultado, no entanto, colocou a equipe dentro da zona de classificação à Copa Sul-Americana.
"Todos queríamos a vitória. Fizemos um bom jogo, principalmente no primeiro tempo. No segundo houve um equilíbrio, mas eles acabaram sendo melhores no finalzinho. Criamos boas oportunidades, mas infelizmente não conseguimos o resultado esperado. Mas pode ter certeza que faremos tudo o que for possível para conquistar a vaga na Sul-Americana", afirmou o zagueiro Nino.
Já o volante Dodi fez uma análise da temporada do Fluminense e minimizou os salários atrasados. Os jogadores não concentraram para a partida contra o Fortaleza em forma de protesto.
"Todo mundo sabe que foi um ano difícil, lutando contra o rebaixamento. Conseguimos nosso objetivo que era livrar o time. Foi um ano de aprendizado porque todo mundo se doou o máximo para ajudar o Fluminense. Agora vamos buscar o próximo objetivo que é uma vaga na Sul-Americana", disse o defensor, que completou.
"É complicado falar sobre isso (salários atrasados). Grupo tomou decisão de não concentrar só para mostrar nossa insatisfação. Foi um momento para desabafar, mas quando entramos em campo honramos ao máximo a camisa do Fluminense. Espero que resolvam em breve", concluiu.
O resultado levou o Fluminense para a 14.ª colocação com 43 pontos, um a mais do que o Botafogo, rival direto na briga pela Sul-Americana.
"Lutamos, mas infelizmente não conseguimos o resultado. O Fortaleza jogou com os 10 homens atrás e nos complicou. Mas estamos dentro da zona de Sul-Americana. A chance é real. Vamos agora pensar no Corinthians para selar essa vaga. Vai ser um jogo difícil, contra uma equipe que tem uma torcida que apoia a todo momento", finalizou Daniel.