Publicidade

No Palmeiras, clima é de fim de festa

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O clima já é de fim de festa. As férias antecipadas a oito jogadores deixaram o elenco do Palmeiras desfigurado e abatido. No treino da tarde, em silêncio, 12 atletas disputavam uma partida de ?gol caixote?. Enquanto isso, outros 12 corriam em volta do gramado. "Todos estão tristes pelo que aconteceu. Ninguém esperava que jogadores que vinham atuando, como o Sérgio, o Baiano e o Corrêa, pudessem ganhar férias agora", disse o volante Claudecir. A justificativa do técnico Estevam Soares para o treino "meia-boca" é que, pela manhã, um grupo de jogadores já havia disputado e vencido (por 3 a 2) um amistoso com o Atlético Sorocaba, no próprio CT. "Quem jogou, fez só um treino físico à tarde", esclareceu Estevam. Mas o desânimo estava evidente. "Foi chato ver a despedida do pessoal. O Baiano, por exemplo, chegou no vestiário, deu o telefone, disse que ligava nas férias... foi chato, sabe?", contou Claudecir. A tristeza maior era por saber que muitos dos oito que saíram de férias não deverão voltar. Baiano é um deles. O lateral deve ir para o futebol russo. Bruno, do Marília, está sendo contratado. Já Adãozinho é outro que não fica no clube. E até o goleiro Sérgio, tido pelo presidente Mustafá Contursi como um "líder negativo", pode sair. O único motivo de alegria no Palmeiras foi a decisão do STJD que tirou 24 pontos do São Caetano. Com isso, a vaga no torneio qualificatório para a Libertadores caiu no colo do Palmeiras. Mas Estevam Soares fez questão de deixar claro que o Palmeiras não vai "calçar o chinelinho", como se diz no futebol. "Ninguém aqui vai amolecer", promete. "O Juventude e o Goiás ainda podem nos ultrapassar". A chance de isso acontecer existe, claro, mas é remota. O Palmeiras precisaria perder seus dois jogos para ser ultrapassado. E seus adversários não têm nada de excepcional: pega o Criciúma sábado, no Palestra Itália, e o Fluminense, no Rio, na última rodada. A dúvida é: vencer com que time? O volante Magrão e o atacante Osmar estão machucados. Quem tem vaga garantida é o lateral-direito André Rocha, que esteve para ser dispensado mas tentará, nos dois últimos jogos, garantir uma renovação de contrato. Já o meia Pedrinho, operado na segunda-feira, deixou hoje o hospital. Ele sofreu fratura num dos ossos da face. Segundo o médico Vinícius Martins, a operação foi um sucesso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.