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No retorno após cirurgia cardíaca, Cuca vai à final e diz que sentia falta de adrenalina

Treinador assume São Paulo pela primeira vez e comanda empate contra ex-equipe, com quem foi campeão brasileiro em 2016

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

A classificação do São Paulo para a final do Paulistão marcou o retorno de Cuca aos gramados após ter sido submetido a uma cirurgia cardíaca no fim do ano passado. Com o empate no tempo normal e vitória nos pênaltis, o time do Morumbi vai disputar a final do estadual pela primeira vez depois de 16 anos, o que significa maior pressão para o treinador.

"Fica gostoso estar em casa, fica na zona do conforto, mas ela é boa um pouquinho. Falta a adrenalina que a gente reclama tanto. Na verdade, a gente não sabe o que quer. O ideal é ficar meio a meio. Esse ano tem Copa América, um mês para respirar. Final do ano tem mais. É seguir", afirmou o treinador em entrevista coletiva no Allianz Parque.

Cuca, técnico do São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão

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O treinador afirma que a decisão por pênaltis representou emoção além da conta. "O Volpi foi herói, vilão e herói de novo. Ele gosta de emoção. Não precisava tanto".

A classificação para a final do Campeonato Paulista mudou o planejamento de Cuca para as próximas semanas. "Já tinha programado na cabeça. Se perco hoje, o que era uma coisa natural, eu trabalharia três semanas para jogar contra o Botafogo no Brasileiro. Iria uma semana pra Cotia, tudo planejado na minha cabeça. Nosso projeto maior é o Brasileiro e a Copa do Brasil. Agora não! Agora passa a ser a final do Paulista, que vai condicionar para o Brasileiro. É melhor estar competindo do que só treinando. O que vale pra esses meninos só estando aqui para saber. A alegria que estão lá dentro, o amadurecimento que dá na carreira deles. O torcedor tricolor tem todos os motivos para estar muito feliz com a equipe dele", disse Cuca.

Cuca revelou o que havia conversado com os jogadores na véspera do confronto. “O que conversei é que não tínhamos obrigação de vencer. Vamos jogar. Não é se divertir. Não é assim. A responsabilidade é muito grande. Com responsabilidade, com diminuição de espaço, criando espaço”, afirmou.

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