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No São Paulo, Lúcio é um zagueiro com cara de Libertadores

Veterano, jogador faz sua estreia no torneio continental nesta quarta contra o Atlético-MG

Por Paulo Favero
Atualização:

SÃO PAULO - Apesar de estar disputando pela primeira vez a Libertadores, o zagueiro Lúcio sabe muito bem o que terá pela frente. Ele, que já brilhou em competições internacionais como a Copa dos Campeões, quer mostrar serviço nesta quarta-feira, diante do Atlético-MG, fora de casa, quando o São Paulo estreia na fase de grupos da competição. “A gente espera uma competição forte, que costuma chamar a atenção de todos os clubes”, avisa o veterano, que foi campeão na Copa de 2002 com a seleção e depois de quase 12 anos no exterior optou por retornar ao futebol brasileiro.

 

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Mesmo tendo feito sua carreira fora do País, Lúcio evita fazer comparações entre as competições realizadas na Europa e na América do Sul. “É minha primeira vez na Libertadores, então não posso comparar muito. Claro que existem diferenças na organização e questões de segurança e disciplina. Mas temos de entender que a cultura do futebol aqui é diferente. De qualquer forma, teremos jogos difíceis contra equipes de qualidade”, diz.

 

O primeiro passo será dado contra o Atlético-MG, que tem como destaque o meia Ronaldinho Gaúcho, que já atuou com Lúcio na seleção brasileira. O zagueiro conhece bem o rival, mas acha que o São Paulo não pode ficar preocupado apenas com ele. “É um jogador de muita qualidade, sempre preocupa, mas é dentro de campo que precisamos ter atenção, não só com ele, mas com toda a equipe do Atlético-MG. Ouvi dizer também que os torcedores fazem muita pressão no estádio”, explica, sobre o fato de a partida ser disputada no Independência.

 

Com exceção do goleiro e capitão Rogério Ceni, todos os titulares foram poupados na partida de sábado contra o Guarani, pelo Campeonato Paulista. O São Paulo deve entrar em campo com Rogério Ceni; Paulo Miranda, Lúcio, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denilson e Jadson; Douglas, Luis Fabiano e Osvaldo. Com essa formação, Ney Franco espera usar o lateral-direito Douglas na função que Lucas fazia no ano passado. Assim, o atleta atuará no ataque quando o São Paulo tiver a posse de bola, mas voltará para ajudar na marcação no meio quando o time precisar se defender.

 

Para Lúcio, a entrada de Paulo Miranda na defesa ajuda a dar mais segurança para o setor, até porque o time vai jogar fora de casa e sabe que a responsabilidade de tomar a iniciativa do jogo é do Atlético-MG. Ele também explica que a zaga está melhorando e que a equipe inteira está em processo de evolução. “Já melhoramos contra a Ponte e depois contra o Guarani. A equipe está crescendo e os problemas foram resolvidos”, acredita.

IDENTIFICAÇÃOLúcio tem a cara da Libertadores. É um jogador que sempre se destacou pela presença em campo, pela força física e seriedade em todos os momentos. Ele explica que, quando está em ação, é bem diferente de quando está longe das quatro linhas. “Quando atuo, esse é meu jeito de ser, pois é uma disputa contra outra equipe. Acho que acontece comigo uma transformação quando estou em campo. Mas no dia a dia procuro manter a calma e o equilíbrio”, revela.

 

Ele discorda da opinião do goleiro Rogério Ceni, que disse que o São Paulo está um pouco abaixo dos outros rivais brasileiros na competição, que mantiveram a base do ano anterior e até se reforçaram. “É dentro de campo que as coisas vão se resolver. Acho que nossa equipe está no mesmo patamar e sempre vou acreditar no time que estou jogando”, avisa, evitando até dar o favoritismo para os clubes do País. “Todos os brasileiros têm equipes fortes, mas a gente sabe que os times de outros países podem surpreender. É preciso muita atenção na Libertadores.”

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O zagueiro também sabe que a competição sul-americana será uma boa vitrine para ele voltar à seleção brasileira. “Ser convocado não depende só de mim, então tenho de fazer minha parte no clube. É um sonho voltar para a seleção e sei que posso render muito mais ainda”, conclui.

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