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Nos pênaltis, Uruguai despacha Gana e está na semifinal da Copa do Mundo

Seleção celeste empatou por 1 a 1 no tempo normal, mas Muslera pegou dois pênaltis e Loco Abreu, com sua tradicional cavadinha fez o decisivo. Equipe enfrenta a Holanda na próxima fase

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Por Andre Avelar
Atualização:

Jorge Silva/Reuters

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SÃO PAULO - A classificação só veio nos pênaltis. Emoção foi pouco para a melhor partida na África do Sul até aqui. Teve até cobrança desperdiçada no último minuto da prorrogação. Mas em dia de

eliminação do Brasil

, coube ao Uruguai honrar a América do Sul na Copa do Mundo, nesta sexta-feira, 2, em Johannesburgo. A seleção celeste ficou no 1 a 1 no tempo regulamentar, mas foi mais eficiente na decisão e venceu por 4 a 2. Forlan, Vitorino, Scott e Loco Abreu converteram no Soccer City. Muslera pegou as cobrança de Mensah e Adiyia.

"sem contraindicação"
Nem todo mundo gosta da ideia de uma segunda seleção para torcer. Mas com a eliminação do Brasil, o Uruguai pinta na semi como uma dessas seleções sem contraindicação.

Na próxima fase, pela primeira vez depois de 40 anos, o Uruguai enfrenta a Holanda, algoz dos brasileiros, em 6 de julho, às 15h30, no Green Point, na Cidade do Cabo. As outras duas vagas da semifinal ficam com os vencedores de Argentina e Alemanha e Paraguai e Espanha, partidas que acontecem neste sábado.

 

Em apenas sua segunda Copa, com participação consecutiva, Gana já igualou seus companheiros de continente africano. Camarões e Senegal também alcançaram as quartas de final em 1990 e em 2002, respectivamente. Já o Uruguai, tenta retomar a história, hoje em branco e preto, dos títulos de 1930 e 1950. Era o resgate da tradição contra a honra de um povo que sedia seu primeiro Mundial.

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"Futebol na veia"
O artilheiro do time deu uma cortada na bola que o eliminaria da Copa. Mão mais do que humana. Foi expulso. Saiu achando que tinha levado os irmãos à eliminação.

Mas como não podia deixar de ser, a ansiedade tomou conta dos primeiro minutos de partida. Faltava mesmo experiência de decisão para os jogadores, que acabaram se perdendo em faltas e pontapés sempre tão desnecessários.

 

Decisivo. Com a bola no chão, pesou mais a camisa celeste. Principais jogadores do setor ofensivo da equipe, Luiz Suárez e Diego Forlan perderam pelo menos duas chances cada um. O time ainda perdeu Lugano, machucado, e se assustou com Fucile, que caiu de mau jeito e ficou desacordado por alguns segundos.

 

Ainda assim, o gol uruguaio parecia perto, até que os ganeses resolveram jogar bola. Boateng e Gyan passaram tranquilidade a seus companheiros e até criaram boas chances. O goleiro adversário Muslera sentiu a pressão.

 

A principal emoção ficou guardada para o minuto final do primeiro tempo. Muntari, até então sumido no jogo, recebeu na intermediária avançou e disparou o chute. Contou com mais daquelas inesperadas curvas da Jabulani para marcar. Foi a primeira partida do atacante da Inter de Milão como titular. A festa pelo gol invadiu os vestiários no intervalo do jogo.

 

Jabulani cá, Jabulani lá. Em falta da entrada da área, Forlán acertou um belo chute e também contou com a colaboração da polêmica bola. Sem nada a ver com a questão, o atacante correu para comemorar seu terceiro gol na Copa.

 

A igualdade alcançada no placar deu novo ânimo aos uruguaios, principalmente, a Luiz Suárez. Ele perdeu outras três oportunidades claras de gol. Por sua vez, Forlán continuava levando perigo com seus chutes de longe.

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Com a iminência da temível prorrogação, as duas seleções se lançaram ao ataque. Mesmo assim, o Uruguai mantinha o domínio do jogo. Apesar das chances criadas, os atacantes não finalizavam com perfeição. Não teve outro jeito.

 

Na prorrogação, o medo de arriscar era maior que qualquer vontade de vencer. Excessivamente cautelosas, as equipes mal chegaram ao ataque e, nos dois tempos, ficaram esperando a decisão na cobrança de pênaltis. As exceções eram Forlan e Gyan, as estrelas de cada equipe.

 

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Vale tudo. No último lance do tempo extra, um lance para entrar para história de todas as Copas. Em bate-rebate na área, Boateng cabeceou para o gol, mas Suárez salvou com a mão, em cima da linha. Um autêntico jogador de vôlei. O árbitro português Olegário Benquerenca marcou pênalti e, de quebra, expulsou o atacante. Tudo parecia perdido para os uruguaios, mas Gyan acertou o travessão para alívio de Suárez, que teve a certeza de que havia feito a coisa certa.

 

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