Novamente melhor do mundo, só falta Messi brilhar pela Argentina

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Por BRIAN HOMEWOOD
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Após ser escolhido como melhor jogador do mundo pelo segundo ano consecutivo, a única glória que Lionel Messi ainda não conquistou é um grande título com a seleção argentina principal. Num ano de domínio europeu no futebol internacional, Messi venceu a votação da Fifa contra os espanhóis Xavi e Andrés Iniesta, num lembrete da tradição sul-americana quando se trata de revelar talentos para o futebol. Muita gente achava que Messi não levaria o troféu porque não marcou nem um só gol na Copa de 2010, quando a Argentina caiu nas quartas de final. Mas os eleitores da Bola de Ouro da Fifa -- treinadores, capitães de equipes e jornalistas -- aparentemente atribuíram isso às deficiências da seleção de Diego Maradona, e não ao próprio Messi. Naquele esquema tático, Messi foi obrigado a recuar para buscar o jogo, em vez de ser servido pelos companheiros, como acontece no Barcelona. Prova disso é que, em abril, ele marcou quatro gols na vitória dos catalães sobre o Arsenal, pela Liga dos Campeões -- possivelmente o ponto máximo de um ano em que o talento da "Pulga Atômica" atingiu seu auge. Na opinião de Hristo Stoichkov, ex-atacante do Barcelona, só há um jeito de conter o argentino dentro de campo. "Certa vez disseram que só era possível me parar com uma pistola, mas hoje em dia é preciso uma metralhadora para pará-lo", disse o búlgaro. Messi foi campeão olímpico pela Argentina em 2008, mas nunca conquistou nenhum título relevante pela seleção adulta. Terá uma chance em 2011, quando a Argentina sediará a Copa América. Mas sua meta máxima deve ser ajudar a Argentina a se sagrar tricampeã mundial na Copa de 2014, justamente no território do arquirrival Brasil. Isso transformaria seu status e o colocaria no mesmo patamar que Diego Maradona alcançou depois de vencer o Mundial de 1986.

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