Publicidade

?Novatos? marcam ponto com Parreira

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Ausentes dos próximos dois jogos da seleção brasileira, mas presentes no histórico amistoso contra o Haiti, os jogadores que atuam em times no Brasil voltaram felizes com a possibilidade de terem despertado a atenção do técnico Carlos Alberto Parreira. Acreditam que podem ter somado alguns pontos para futuras convocações. Dos oito que retornaram ao País na madrugada desta quinta-feira de Porto Príncipe, seis estão fora do jogo pelas Eliminatórias contra a Bolívia, dia 5, no Morumbi, e do amistoso contra a Alemanha, três dias depois. No Haiti, todos os 18 atletas entraram em campo e alguns deles conseguiram apresentar um bom desempenho debaixo de um sol de 35º C, um gramado sintético que "prendia a bola" e um surpreendente time haitiano que corria muito. O meia Roger, do Fluminense, que fez sua estréia com a camisa da seleção, foi um dos mais combativos e não escondeu sua felicidade pelo dois gols marcados. "Acho que consegui me soltar dentro de campo e mostrar meu futebol", disse. O atacante do Internacional Nilmar, que fechou a goleada de 6 a 0, disse ter sentido que correspondeu à sua primeira oportunidade na seleção. O meio-campo Pedrinho, do Palmeiras, que foi convocado numa segunda chamada por Parreira após a comissão técnica saber que teria problemas com outros atletas que não seriam dispensados por clubes europeus, disse que estava feliz pelo desempenho. "Espero que tenha deixado uma boa impressão, porque com isso vou me integrando mais à equipe. Não fico mais com aquela tensão das primeiras vezes." O jogador tentou usar uma chuteira especial para o gramado sintético, mas como era um número pequeno teve de usar o modelo para grama natural. O mesmo seu companheiro de clube, Magrão, pela primeira vez convocado, também usou chuteiras com cravos. Como os outros jogadores, ele disse que o time estranhou o gramado e também a vigor físico dos jogadores do Haiti. "Eles tinham um fôlego impressionante. Não se intimidaram com a seleção", comentou o meio-campo. Logo depois da partida, os jogadores que atuam no exterior voltaram num vôo fretado pela Confederação Brasileira de Futebol direto para a Europa. Parreira iria para Atenas, onde deve assistir a algumas competições da Olimpíada. Antes do início do amistoso, o técnico falou com os jogadores entusiasmado com a calorosa recepção dos haitianos. Comentou que era um dos momentos mais marcantes de sua carreira. "É impressionante. Dava para ver a alegria pelo futebol brasileiro nos olhares de cada um nas ruas", disse. "Com certeza me sinto privilegiado por ter participado de um momento como esse." Entre os craques europeus, o jogo foi um mero detalhe. Valeu mesmo foi ter participado como estrela do comboio de cerca de 15 quilômetros em cima de blindados urutus e terem sido ovacionados por incontáveis haitianos que acenavam e gritavam sem parar. "Quem não fica feliz de ter participado de um momento tão bonito como esse", disse Ronaldinho, que fez três gols e roubou a cena do seu companheiro Ronaldo, que jogou só o primeiro tempo, para decepção dos torcedores, e não marcou. "Foi inesquecível para nós, um dia para ficar marcado como o dia da paz", disse o atacante do Real Madrid.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.