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Novo eldorado, China atrai legião de brasileiros

Asiáticos querem chegar a uma final de Copa. Para isso, investem pesado e buscam jogadores e técnicos no Brasil

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Por Raphael Ramos
Atualização:

SÃO PAULO - Quantidade, definitivamente, não é qualidade. País mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes, a China não é capaz de ter uma seleção minimamente competitiva. Para tentar mudar esse quadro, resolveu intensificar a caça a talentos no país pentacampeão do mundo. A China, então, tornou-se um destino cobiçado por jogadores e treinadores brasileiros, atraídos por contratos que dificilmente encontrariam em outros mercados. Hoje, 50 brasileiros atuam no país.Se antes os chineses tinham uma liga fraca e pouco estimulante, que não acompanhava o crescimento econômico acelerado do país, agora a realidade é outra. Os asiáticos oferecem milhões de dólares e, em troca, os brasileiros levam à Ásia expertise. Assim, o futebol chinês, aos poucos, tem evoluído, enquanto os jogadores e os técnicos brasileiros fazem fortuna.

O comércio entre os dois países atingiu US$ 83,3 bilhões (R$ 195,3 bilhões) no ano passado, um aumento de 10% em relação a 2012. Vão para o país asiático 20% do total das exportações brasileiras. Para a cônsul-geral do Brasil em Xangai, Ana Cândida Perez, o futebol pegou carona nesse estreitamento de relação entre os dois países. “A China não importa e exporta apenas mercadorias, mas também conhecimento, ciência e tecnologia, hábitos de consumo, moda e gostos. É natural que o futebol, esporte mais popular do mundo, também tenha caído no gosto dos chineses.”

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