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Novos técnicos, velhos problemas

Por Agencia Estado
Atualização:

Nos primeiros dias no comando dos principais times paulistas, os técnicos de Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians têm um desafio comum: fazer de um elenco limitado um time competitivo. O técnico Carlos Alberto Parreira ainda não sabe como montar o time do Corinthians. Mas antecipou que vai tentar adotar um esquema de jogo compacto, na base da velocidade. "Mas dizer agora que vou escalar uma equipe com três zagueiros ou com dois, três volantes é prematuro. Estamos correndo contra o tempo para armar o time para a estréia no Torneio Rio-São Paulo", diz. Por enquanto, o técnico pretende montar sua equipe usando como base jogadores experientes como o meia Ricardinho e o atacante Luizão. No entanto, os dois atletas não estão garantidos, pois podem ser negociados. "O futebol brasileiro ainda é exportador. Se surgir uma proposta de US$ 10, US$ 15 milhões por Luizão, vai ser impossível mantê-lo." Ele espera que contra o Fluminense, dia 20, a equipe possa apresentar 35% de rendimento do que considera ideal. "Pela minha previsão, quero que o time atinja 80% no início do segundo semestre." No São Paulo, a grande incógnita do técnico Nelsinho Baptista é como manter a ofensividade da equipe com a possibilidade de perder a dupla de ataque do Campeonato Brasileiro, França e Luís Fabiano. O primeiro vai para a Alemanha e o Tricolor tem dificuldades para renovar o empréstimo de Luís Fabiano com o Rennes, da França. Uma das opções é Reinaldo, que neste sábado foi apresentado oficialmente junto com os outros reforços, o lateral Rafael e o meia Lúcio Flávio. O Palmeiras não fugirá à política, adotada desde o segundo semestre de 2000, do bom e barato - ou ruim e barato. Poucos reforços chegarão e Vanderlei Luxemburgo precisará quebrar a cabeça com o que tem nas mãos para conseguir levar o time à frente. O treinador vai utilizar o esquema 4-4-2 e ainda espera pela chegada de mais um zagueiro para jogar ao lado de Alexandre, possivelmente Odvan, e de um atacante para fazer dupla com o colombiano Muñoz. Pode ser Rodrigo, do Botafogo-RJ. "Pretendo trabalhar com um grupo de uns 23 jogadores, mas ainda vou observar um por um", comentou Luxemburgo, que aposta na recuperação do futebol de Lopes. "Ele é um grande jogador." E, claro, outra grande arma continuará sendo a bola parada com o lateral-direito Arce. No Santos, Marcelinho Carioca, Viola, Galván, Russo e muitos outros jogadores deixaram o clube e ninguém chegou ainda. O técnico Celso Roth está preocupado e aguarda a chegada de reforços para começar a impor sua filosofia ao time. Adotando uma política mais realista nas contratações, os santistas estão encontrando dificuldades para garantir a Roth um time competitivo, mas pelo menos um jogador renomado deverá vestir a camisa do Santos, já que só a saída de Marcelinho Carioca e de Viola representam uma economia mensal de mais de R$ 500 mil.

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