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O álcool não é mais substância proibida pela Agência Mundial Antidoping

O nível de teor alcoólico no organismo de um atleta não o pune mais em competições oficiais desde 2018

Por Alessandro Lucchetti
Atualização:

O álcool faz parte da lista de substâncias dopantes elaborada pela Wada (Agência Mundial Antidoping)? Não mais. Na atualização publicada em 2018, o álcool foi retirado da relação. "Depois de cuidadosa análise e de consultas extensas, o álcool foi excluído da lista. A intenção dessa alteração não é comprometer a integridade ou segurança das modalidades nas quais o uso de álcool é preocupante, mas endossar diferentes maneiras de reforçar o banimento do uso de álcool nesses esportes", diz o comunicado da agência.

Segundo o médico Fernando Solera, presidente da Organização Antidoping da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos e Coordenador da Comissão Médica e de Combate à Dopagem da CBF, são realizados exames para detecção de álcool em procedimentos de perfil de análise básico em modalidades em que o uso da substância possa acarretar riscos, como automobilismo, motovelocidade, motonáutica, tiro com arco, tiro esportivo e pentatlo moderno.

Álcool não é substância proibida pela Wada Foto: Christinne Muschi/ Reuters

Curiosamente, o primeiro atleta flagrado num controle antidoping realizado durante uma Olimpíada foi o pentatleta sueco Hans-Gunnar Liljenvall. Ele foi desclassificado da prova durante os Jogos da Cidade do México, em 1968, justamente porque seu organismo continha níveis de álcool acima do limite permitido. Obviamente, o álcool não oferece qualquer tipo de vantagem para o competidor que faça uso dele. "No processo de absorção do álcool pelo estômago, é promovido o aparecimento de ácido lático, que desencadeia a fadiga. Essa é a explicação biológica para a queda de rendimento esportivo do atleta que bebe", explica Solera.

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