24 de maio de 2014 | 17h00
SÃO PAULO - Depois de gastar R$ 15 milhões, a CBF reinaugurou a Granja Comary com várias inovações científicas e tecnológicas para aperfeiçoar a preparação dos atletas para a Copa do Mundo. Em entrevista ao Estado, o médico da seleção José Luiz Runco explica os diferenciais que a ciência pode trazer para o desempenho dos atletas dentro de campo.
ESTADÃO - Qual é o papel da ciência na preparação dos atletas?
JOSÉ LUIZ RUNCO: O objetivo central do desenvolvimento científico é melhorar o rendimento dos atletas. Atualmente o futebol é um esporte de altíssimo desempenho e precisa da ciência e da tecnologia. A ciência caminha ao lado dos atletas. Não se ganha um jogo de futebol apenas dentro das quatro linhas.
ESTADÃO - Quais inovações serão utilizadas na preparação dos atletas na Granja Comary?
JOSÉ LUIZ RUNCO: Temos um projeto de quase dois anos que determina a hidratação individual dos atletas e que repõe exatamente os sais minerais que os atletas perdem durante as atividades. Além disso, as garrafas controlam a quantidade de líquido ingerido e enviam as informações, por meio de um chip, para a comissão técnica. É um projeto pioneiro, desenvolvido unicamente pela seleção brasileira. A hidratação é fundamental no esporte. Quanto maior a hidratação, melhor o rendimento dos atletas. O bom preparo também diminui o risco de lesões musculares.
ESTADÃO - Quantos profissionais vão cuidar dos atletas?
JOSÉ LUIZ RUNCO: Temos um fisiologista, um cardiologista e uma nutricionista, além dos preparadores físicos e da minha atuação na coordenação.
ESTADÃO - Quais os objetivos dos primeiros dias de avaliação?
JOSÉ LUIZ RUNCO: Os testes vão definir as necessidades físicas e nutricionais de cada atleta. O objetivo central é que os atletas estejam equilibrados do ponto de vista muscular para iniciar o planejamento de trabalho de preparação física.
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