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Oposição comemora derrota de Eurico

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Vasco e deputado federal Eurico Miranda (PPB-RJ) deve ter um 2003 bastante conturbado, com idas e vindas a tribunais para responder a dezenas de processos nas áreas cível e criminal. Isso porque ele não foi reeleito para a Câmara dos Deputados e vai perder a imunidade parlamentar. Eurico teve 25.033 votos, 80 mil a menos dos que recebera em 1998. Da coligação à qual integra, ficará com a oitava suplência. O resultado foi bastante comemorado pela oposição do Vasco. "Ele agora passa a ser um cidadão comum", comentou o engenheiro Hercules Figueiredo, candidato derrotado na última eleição do clube. "Fui eliminado do quadro social do Vasco por não acatar as ordens do Eurico", disse Figueiredo, que conseguiu a reintegração na Justiça. Eurico tem contra si uma série de denúncias, quase todas em fase de apuração. A CPI do Futebol do Senado entregou ao Ministério Público Federal, à Receita Federal e ao Banco Central uma lista com as irregularidades cometidas por Eurico. A CPI, em seu relatório final, afirmou que o presidente do Vasco "protagonizou uma verdadeira pilhagem dos cofres do Vasco em benefício próprio". O documento conclui que Eurico desviou cerca de R$ 20 milhões do Vasco para suas contas, além de ter dado ao clube um prejuízo aproximado de R$ 72 milhões, com a perda de passes de jogadores. De acordo com a CPI, Eurico teria cometido, entre outros crimes, o de apropriação indébita, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Os inquéritos estão em andamento. Entre outras ações que Eurico responde, estão várias de calúnia, injúria e difamação, uma outra movida pela Parmalat, acusada pelo dirigente de ter agido nos bastidores do Campeonsto Brasileiro de 1997 para ajudar o Palmeiras. Eurico também já foi indiciado por crimes contra o patrimônio e estelionato. Também tem em seu currículo processual duas ações de dois bancos, que tratam de empréstimos não pagos. Hoje, o dirigente esteve numa audiência, num fórum da Baixada Fluminense. À tarde, foi para a sede do Vasco, onde proibiu os jogadores de dar entrevistas. Não atendeu às ligações da Agência Estado.

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