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Oposição do São Paulo faz requerimento para MP investigar o clube

Grupo quer apuração sobre possíveis irregularidades em 2015

Por Ciro Campos
Atualização:

Um grupo de 18 oposicionistas do São Paulo entregou ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) um requerimento para instaurar um Procedimento Investigatório Criminal (PIC), com o intuito de apurar irregularidades no clube. O material relembra as denúncias de irregularidades contra o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, feitas no ano passado pelo vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro.

Os oposicionistas pedem que sejam investigados os supostos crimes de lavagem de dinheiro e também contra o patrimônio do clube. Segundo o advogado responsável pela redação do requerimento, Marco Vinicio Petrelluzzi, o grupo quis acionar o MP por entender que apenas os trabalhos da Comissão de Ética do São Paulo não dariam conta de apurar possíveis irregularidades. A assessoria do MP, porém, afirmou que ainda não recebeu o requerimento.

Ataíde e Aidar faziam parte da gestão, até romperem em outubro de 2015 Foto: Felipe Rau/Estadão

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"Eles entendiam que as investigações não estavam andando adequadamente, sobretudo porque os órgãos internos do clube não tinham conduções materiais e atribuições para isso", afirmou. Petrelluzzi afirma que entregou o requerimento ao MP na quinta-feira e que o órgão prometeu encaminhar o pedido a um grupo especial de apuração chamado Gedec, especializado em delitos econômicos.

O material dos conselheiros e sócios do clube cita como possíveis irregularidades na gestão de Aidar a contratação do zagueiro Iago Maidana, em operação que custou ao São Paulo pagar uma multa de R$ 100 mil, as acusações do áudio gravado por Ataíde em que o ex-presidente lhe oferece receber a comissão pela vinda de um reforço e ainda o acordo pelo fornecimento do material esportivo da Under Armour. O requerimento afirma que "a prática de vários ilícitos penais que devem ser apurados e punidos mediante a propositura de ação penal pública."

Aidar renunciou ao cargo em outubro do ano passado e afirmou ao Estado que o material tem motivação política. O ex-dirigente disse não temer o requerimento. "Acho até ótimo, porque acaba de vez com a especulação, a nuvem escura que paira. Não tenho preocupação. Vou prestar esclarecimentos com prazer, caso seja necessário", disse.

Na próxima semana, Aidar e Ataíde vão depor na Comissão de Ética do clube para explicarem dois assuntos. Um deles é a briga em que os dois se envolveram durante reunião da diretoria em hotel na capital paulista. O outro é a gravação feita por Ataíde durante conversa com o ex-presidente no estádio do Morumbi.

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